Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
À QUEIMA-ROUPA
Eduardo Lowenhaupt da Cunha
Candidato à vaga de desembargador do TJDFT destinada à advocacia
Qual deve ser o papel de um magistrado oriundo da advocacia?
Permitir que a Corte de Justiça tenha um ganho com uma dose de cidadania trazida pela experiência da advocacia.
Qual é a sua opinião sobre a lei de abuso de autoridade como foi aprovada no Congresso?
Precisamos de um Poder Judiciário forte e respeitado. Se o texto atacar a liberdade do exercício jurisdicional pode representar uma ameaça ao próprio cidadão, pois o Judiciário independente e forte é uma das bases para o regime democrático. Os excessos podem ser punidos com os mecanismos legais já existentes.
Por que se considera apto a exercer a magistratura?
Tenho trabalhado como advogado no TJDFT há 33 anos, o que me habilita a postular assento na Corte. Conheço as necessidades da advocacia e acredito poder ajudar nossa Corte no difícil exercício da entrega da prestação jurisdicional.
Há uma série de questionamentos e polêmicas atualmente sobre a atuação da Justiça no Brasil. Como o senhor avalia esse ambiente?
No DF temos uma magistratura forte e independente, que sempre atuou em parceria com o Ministério Público e a advocacia. As críticas que se levantam em outros pontos do país não se aplicam à nossa Justiça que está sempre pronta a atender aos reclamos da sociedade.
Fala-se muito que o Brasil passa por um momento em que a democracia está ameaçada diante de tanta polarização… O senhor acredita nisso? E de que maneira a Justiça pode ajudar nesse sentido?
Não acho que o regime democrático esteja em risco, hoje temos eleições livres, Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo fortes, independentes e cumprindo seus papéis constitucionais.
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