ANA MARIA CAMPOS
O ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo desistiu de concorrer a qualquer cargo nas próximas eleições. Ele chegou a ser lançado pelo PPS pré-candidato ao Governo do Distrito Federal.
Para integrantes do partido, foi um gesto de desprendimento. A candidatura de Campelo dificultava uma aliança com outras legendas porque o PPS teria duas candidaturas majoritárias. Além de Campelo, o partido tem ainda o projeto de reeleição do senador Cristovam Buarque (DF).
Ex-administrador regional de Taguatinga, Brazlândia e Gama, Valmir Campelo foi senador e ministro do TCU, onde chegou à Presidência. Ele assegura que continuará no PPS, mas não concorrerá a nenhum cargo público em outubro.
Veja a carta de Valmir Campelo:
Carta aberta aos Familiares, Amigos e, em especial, à Executiva e ao Diretório do PPS no Distrito Federal:
Prezados Amigos,
Nos últimos meses, revivi intensamente a atividade partidária. Nesse período, fui acolhido pelos companheiros do PPS, que sempre de forma muito digna me receberam. Não tenho palavras para expressar minha gratidão pelo respeito e consideração que me foram dispensados nos meses passados.
Infelizmente, nosso atual sistema político, assim como os maiores expoentes que o representam colocam em segundo plano o histórico das pessoas, a biografia, a capacidade de realização, a ficha limpa; tudo em detrimento dos próprios projetos e do interesse pessoal. Em virtude disso, certo estou de que não teremos nas urnas a tão esperada renovação almejada por todos. Aos entrantes e aos sem mandatos não será dado espaço ou oportunidade.
Nesse sentido, o PPS conta com dois nomes, duas biografias que deveriam somar em qualquer composição política que busque o bem de Brasilia, mas, ao contrário disso, e por mais incrível que pareça, tal circunstância torna-se um obstáculo.
A maioria dos dirigentes partidários não está preocupada com as biografias, com a densidade eleitoral, mas sim em garantir seu próprio espaço, garantir sua reeleição, enfim, pensar em seus interesses próprios antes de mais nada. Uma verdadeira inversão de valores.
Diante disso, percebi a impossibilidade de o PPS coligar-se com outros partidos por possuir em seus quadros dois nomes que teriam capacidade de concorrer a cargos majoritários. Assim, o sentimento que deveria servir de orgulho transforma-se em complicador nesse atual modelo que coloca os presidentes de partidos políticos como os grandes eleitores de um sistema político falido.
Por tudo até aqui exposto, e por respeitar a precedência do Senador Cristovam Buarque, que está no curso de seu mandato e, mais do que isso, tem mais tempo de partido do que eu, decidi, após muita reflexão e pesar, desistir de disputar qualquer cargo eletivo nas próximas eleições. Dessa forma, abro espaço para o partido, que sempre com muita lealdade me acolheu, realizar com total liberdade a composição que julgar a mais acertada para Brasilia, sem ser um obstáculo para isso.
Com imensa gratidão a todos que me acompanharam nessa caminhada até aqui, e, em especial, ao Presidente Nacional do PPS, Roberto Freire, e ao Presidente do partido no DF, Francisco Andrade, o meu fraterno abraço.
Valmir Campelo
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