Anderson Torres, secretário de Segurança Pública se encontra com o Subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência da República, Jorge Antônio de Oliveira Francisco
Anderson Torres, secretário de Segurança Pública se encontra com o Subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência da República, Jorge Antônio de Oliveira Francisco Secretaria de Segurança Pública do DF/Divulgação Anderson Torres, secretário de Segurança Pública se encontra com o Subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência da República, Jorge Antônio de Oliveira Francisco

Um PM do DF exerce pela primeira vez cargo no primeiro escalão do governo federal

Publicado em CB.Poder
ANA MARIA CAMPOS

O novo ministro-chefe da Secretaria-geral da Presidência da República, Jorge Antônio de Oliveira Francisco, pode ser um importante aliado para as demandas de policiais civis, policiais militares e bombeiros do DF. É o primeiro policial militar do DF a ocupar um cargo no primeiro escalão do governo federal. Ele foi anunciado hoje pelo presidente Jair Bolsonaro, com quem trabalha há 15 anos.

 

Major da reserva da PM, o advogado Jorge Oliveira recebeu o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, na semana passada, ainda na condição de subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência da República. A pauta: a paridade da Polícia Civil com a Polícia Federal e a recomposição de salários da PM e do Corpo de Bombeiros.

 

Os reajustes precisam de autorização do Congresso e do governo Bolsonaro. Para isso, os parlamentares precisam incluir a previsão orçamentária na LDO de 2019.

 

Anderson e o MajorJorge têm uma boa relação e se conheceram no Congresso. O secretário de Segurança, que é delegado da Polícia Federal, trabalhava como chefe de gabinete do então deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR) e Jorge, no gabinete do então deputado Jair Bolsonaro.

 

No início da carreira na PM, Jorge Oliveira exerceu funções em áreas operacionais, mas passou os últimos 20 anos atuando no Congresso. Ele foi para a reserva remunerada da PMDF em 2013,  quando já trabalhava no gabinete de Bolsonaro na Câmara, com aposentadoria proporcional. Recebe hoje cerca de dois terços do salário de um major na ativa.

 

Jorge Antônio de Oliveira Francisco cursou o ensino médio no Colégio Militar de Brasília. Em 1995, formou-se na Academia de Polícia Militar do DF, na 4ª turma. Bacharel em Direito, fez pós-graduação em Assessoria Parlamentar.

 

Na PM, Jorge Francisco atuou como assessor parlamentar no Congresso. Depois foi cedido para o gabinete de Bolsonaro e também trabalhou com o filho 03, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). É apontado como extremamente técnico e entendido do trâmite legislativo.

 

Atualmente vinha exercendo a função de Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, responsável pela normatização de atos do presidente da República.

 

Tem a extrema confiança de Bolsonaro. A relação começou com seu pai, Jorge Francisco, capitão do Exército, que também trabalhou com Bolsonaro por 20 anos. “Uma pessoa muito afeta à área da burocracia, uma missão difícil aqui. Temos plena confiança no trabalho dele”, disse Bolsonaro hoje (21/06), ao apresentá-lo como novo ministro.

 

Jorge Oliveira assume no lugar do general Floriano Peixoto que vai para a presidência dos Correios. Será o terceiro nome em seis meses.

 

Amigo de família do novo ministro, o coronel da PM na reserva Rogério Leão, que foi chefe da Casa Militar do governo de Agnelo Queiroz (PT), elogia a escolha de Bolsonaro:  “O presidente acerta integralmente. O Jorge é uma pessoa de fácil interlocução e trabalha com dedicação full-time. Uma pessoa extremamente decente, competente e transparente”, afirma Leão.

 

Também para o coronel da reserva da PM Márcio Pereira da Silva, chefe de Casa Militar do governo Rollemberg, a escolha foi acertada. “Jorge é conhecido pelos locais por onde trabalhou pela serenidade, coerência e profissionalismo com a coisa pública. É um técnico muito ético e ponderado“, descreve.