Por Ana Maria Campos — Em entrevista ao Correio, o deputado distrital Joaquim Roreiz Neto (PL) fala sobre relação com a história do avô. “Todas as pessoas que me procuram têm uma história com o meu avô. Uma lembrança do lote que receberam, do pão e do leite, de uma cesta básica ou de um agasalho entregues por minha avó. As pessoas enxergam em mim uma continuidade do que ele fez, e isso traz uma grande responsabilidade”, diz. Confira a entrevista completa:
Está bem depois de sentir-se mal nesta semana na Câmara Legislativa?
Foi um susto, mas, graças a Deus, estou me recuperando. Quero aproveitar para agradecer aos brigadistas, policiais legislativos e a equipe do serviço de saúde da Câmara Legislativa. Sigo em casa, ao lado da minha esposa, Clara, da minha filha, Rafaela, descansando e fazendo alguns exames.
Como é ser o herdeiro do ex-governador Joaquim Roriz?
É uma responsabilidade muito grande. Todas as pessoas que me procuram têm uma história com o meu avô. Uma lembrança do lote que receberam, do pão e do leite, de uma cesta básica ou de um agasalho entregues por minha avó. As pessoas enxergam em mim uma continuidade do que ele fez, e isso traz uma grande responsabilidade.
Como você tem focado seu mandato?
Meu mandado está focado em alguns pontos principais. Primeiro, no fortalecimento da política de assistência social – que sempre foi uma marca da minha família. Segundo, na capacitação dos jovens para sua inserção no mercado de trabalho. Temos que garantir oportunidades e equidade para os jovens de baixa renda, dar instrumentos para que consigam se formar e disputar com igualdade por uma vaga de emprego. Por último, nas melhorias para a saúde. Recentemente, apresentei um projeto que estabelece um cronograma para as doenças sazonais, uma forma de prevenir, planejar e não deixar o problema acontecer. Melhor que apontar culpados após uma crise, é trabalhar para não deixar ela acontecer.
Sua mãe, Jaqueline Roriz, e tia, Liliane Roriz, que entraram na política desistiram de seguir na trajetória. É difícil ser político?
Sim. As pessoas esperam muito de nós. E, infelizmente, nem sempre conseguimos atender as demandas do povo com a celeridade que precisam. E quem tem fome ou dor, não tem tempo para esperar. Essa é uma das partes mais difíceis. Ser procurado e não poder solucionar o problema naquele mesmo momento.
Quem, na sua avaliação, é o sucessor ou sucessora natural de Ibaneis Rocha?
A vice-governadora Celina Leão, que começou sua trajetória ao lado do meu avô e da minha mãe, Jaqueline, tem desempenhado um papel fundamental desde a primeira campanha do governador Ibaneis. Nesse segundo mandato, ela teve um grande desafio logo nos primeiros dias e tem se mostrado um nome forte para governar o Distrito Federal.
Qual é a principal demanda dos cidadãos que você ouve quando anda pelas ruas?
São três: saúde, segurança e moradia. Essas são as principais demandas que recebo todos os dias da população.
Você sonha em ser governador algum dia?
Eu quero trabalhar pelo povo e para o povo. Mas deixo o futuro nas mãos de Deus e da população. Meu avô sempre falava: “O que a gente quer é o que menos importa. Temos que fazer a vontade do povo”.
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