Por Ana Maria Campos – Depois da divulgação das imagens do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Gonçalves Dias, dentro do Palácio do Planalto, enquanto vândalos depredavam o patrimônio público, vai ser difícil para os governistas segurarem a CPMI do dia 8 de janeiro no Congresso. A comissão deve ser instalada na próxima quarta-feira, com um senador como presidente e um deputado na condição de relator. Todas as testemunhas que depuseram na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa devem ser chamadas para oitivas no Congresso. O ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres não escapa. Mas deverá conseguir um habeas corpus para permanecer em silêncio.
“Mordomo do golpe”
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-chefe da Casa Civil, postou no Twitter uma provocação ao governo Lula: “Não há outra forma de definir a chocante imagem do general da confiança de Lula escoltando os baderneiros na ala presidencial, o que comprova que houve algum estímulo oficial para o que aconteceu: ele foi o mordomo do ‘golpe'”.
Desgaste desnecessário
O lider do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF), afirmou, após a reunião de líderes desta terça-feira, que é um desgaste desnecessário a atitude do governo, querendo ganhar tempo para esvaziar a CPMI. “Está ficando claro que o governo teme que haja CPMI”, disse.
Convite sem aprovação
Aliado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), o deputado federal José Nelto (PP-GO) tem tentado aprovar um convite para que o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), seja ouvido na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara para falar sobre o que aconteceu em 8 de janeiro. Até agora, Nelto não teve sucesso.
Primeira maratona
Fábio Félix, deputado distrital campeão de votos na última eleição, se prepara para brilhar em outra praça. Ele vai correr a maratona do Correio nesta sexta-feira, aniversário de 63 anos da nossa capital. Serão 5 km de muito esforço, uma vez que o parlamentar do PSol começou a treinar há pouco tempo.
Para aumentar o espaço feminino
A jornalista e diretora de Comunicação do Women’s Media Center, Cristal Williams Chancellor, estará no Correio Braziliense, na terça-feira, para uma palestra sobre a presença e a representação das mulheres na mídia dos Estados Unidos e as persistentes desigualdades que as impedem de desenvolver seu pleno potencial. Cristal Chancellor lidera o planejamento e a produção de relatórios sobre a representatividade da mulher no jornalismo no seu país, entre eles, o “The Status of Women in the U.S. Media” e o “The Status of Women of Collor in the U.S. Media 2018. Como jornalista premiada, Cristal tem um olhar especial para as mulheres negras, numa luta para uma representação justa e igualitária nos veículos de comunicação. O encontro resulta de uma parceria entre o Correio Braziliense e a Embaixada dos Estados Unidos que, anualmente, traz uma personalidade ao Brasil para promover debates sobre temas relevantes e de interesse dos dois países.
Pente-fino no HRC
Ao inspecionar o Hospital da Ceilândia, a presidente da Comissão de Fiscalização, Transparência e Controle da Câmara Legislativa, deputada Paula Belmonte (Cidadania), se deparou com uma situação no mínimo inusitada. Encontrou na lista de plantonistas o nome de uma pediatra que, de acordo com a chefia da emergência, não comparece ao trabalho há anos. Belmonte pediu explicações ao GDF sobre os profissionais lotados tanto na área administrativa quanto no setor de atendimento no HRC, além de esclarecimentos sobre gratificações distribuídas aos funcionários.
“Vou dar a facada no seu bucho e quero ver o que você vai fazer, seu zé, respeita o mínimo do debate. Te enfio a mão na cara e perco o mandato. Perco o mandato, mas com dignidade, coisa que você não tem. Filho da puta”
Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), após a facada no ex-presidente Jair Bolsonaro ser questionada
“Enfrentar a milícia não é fácil. A gente sabe quem matou Marielle no Rio de Janeiro. Então, estou com medo. A bancada do PT vai tomar todas as providências na Comissão de Ética da Câmara”
Deputado Dionilso Marcon (PT-RS), que apontou que a facada de Bolsonaro era fake