À Queima Roupa
Alírio Neto, presidente do PTB-DF
Qual é o projeto político discutido com Roberto Jefferson no convite para que você assumisse a Presidência do PTB-DF?
Queremos tornar o PTB competitivo, eleger pelo menos dois deputados distritais e aceitar na legenda quem teve entre dois mil e oito mil votos em outras eleições. Mas também teremos nome na disputa a um cargo majoritário, de vice, senador ou governador.
Essa meta inclui a deputada Liliane Roriz, que está filiada ao partido?
Sim. Liliane é candidata a deputada federal para cima. A gente sabe que a família Roriz tem um potencial de votos muito grande e isso precisa ser buscado.
O PTB tem nome para disputar o GDF?
O convite é para que colocássemos essa possibilidade. Temos tempo de televisão, 3 minutos e 20 segundos, e quadros.
A campanha começou mais cedo?
Acredito que a insatisfação geral com o atual governo faz surgirem nomes na disputa. Muita gente começa a se posicionar. Até os próprios aliados já começam a se colocar.
Como quem?
O vice-governador (Renato Santana) diz que seu partido (PSD) tem nome na disputa: Rogério Rosso.
Rosso foi convidado para o evento de sua posse como presidente do PTB-DF?
Foi, sim. Mas não apareceu. Acredito que tem muita gente com vontade de vir para a oposição, mas está se preservando, esperando o momento certo, até porque quem participou da chapa de Rollemberg tem obrigação de ajudá-lo a governar.
A sociedade demonstra que quer renovação e ética na política. Roberto Jefferson, que cumpriu pena no mensalão, não está na contramão dessa vontade?
Ele cumpriu pena, sim. Mas pagou um preço alto por ter iniciado, com suas denúncias, um processo de renovação na política. Acredito que todo esse movimento que chegou ao impeachment começou com as denúncias do mensalão. Roberto Jefferson teve coragem de colocar o dedo nessa ferida da corrupção.