Swedenberger Barbosa está de volta ao Planalto

Publicado em CB.Poder

Secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Nísia Trindade, Swedenberger Barbosa, o Berger, está de volta ao Palácio do Planalto. Ele foi convidado pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, para ser o secretário-executivo da pasta. Mas o presidente Lula preferiu que Berger ficasse no gabinete pessoal com ele.

O ex-02 do Ministério da Saúde trabalhou com Lula em várias oportunidades, como assessor especial e chefe de gabinete-adjunto durante os dois primeiros mandatos de 2003 a 2010. E agora, na passagem de 2022 a 2023, fez a transição do gabinete presidencial antes de ir para a Saúde com a Nísia.

Ibaneis sobre BRB: “O banco vai se reposicionar no mercado”

O governador Ibaneis Rocha (MDB) avalia como “extremamente positiva” a autorização do Conselho de Administração do BRB para a compra de 58% das ações do Banco Master. “O BRB se reposiciona no mercado como um dos maiores bancos do país. Quem ganha com isso é a população do Distrito Federal, que terá mais obras decorrentes do aumento dos dividendos a serem distribuídos”, afirmou Ibaneis à coluna. A operação, caso seja aprovada pelo Banco Central e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), envolverá a cifra de R$ 2 bilhões.

“Deixo falarem”

O presidente do Tribunal de Contas do DF, Manoel de Andrade, disse que não é candidato ao Palácio do Buriti. “Os outros é que dizem que posso ser. Eu deixo eles falarem”, disse à coluna.

Ganhou, Mané

A cabeleireira Débora Rodrigues, conhecida nacionalmente pela pichação em batom na estátua da Justiça e pela condenação a 14 anos de prisão, se pudesse ser candidata, arrebentaria de votos. Alguém duvida? Esse é o Brasil atual. Vale a visibilidade e a polêmica em torno de uma causa popular, principalmente nas redes sociais.

Belinati e o amigo Ratinho

No almoço do Lide Brasília, na última semana, o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, desembargador Roberval Belinati, contou ao convidado, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, que, na década de 1980, em Londrina, conheceu e se tornou amigo do pai dele, o apresentador Ratinho. Então advogado e radialista, Belinati foi jurado no programa de calouros do Ratinho e os dois se tornaram amigos. Mas há anos não se veem. Dias depois, o apresentador mandou um abraço para Belinati, o velho conhecido que hoje atua na cúpula do Judiciário do DF.

A pergunta que não quer calar

O benefício concedido pelo STF à cabeleireira Débora Rodrigues, de prisão domiciliar, será estendido a outros condenados? É a opinião pública influenciando as decisões judiciais na mais alta Corte do país?

Mandou bem

Em seu voto no julgamento da denúncia da trama golpista, a ministra Cármen Lúcia fez um voto forte em defesa da democracia. A magistrada afirmou que a Justiça precisa ficar atenta para impedir que retrocessos se consolidem e reforçou que a democracia é uma conquista que exige vigilância constante. “Ditadura mata. Ditadura vive da morte — não apenas da sociedade, da democracia —, mas de seres humanos de carne e osso”, sustentou.

Mandou mal

O ex-presidente Jair Bolsonaro, o vice na sua chapa em 2022, general Braga Netto, e outros seis integrantes do governo, entre os quais o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres são réus em denúncia por participação no núcleo crucial da organização criminosa que conspirou, segundo a Procuradoria-geral da República, para tomar o poder do legitimamente eleito em processo democrático.

Só Papos

“Bolsonaro e seus aliados, líderes da tentativa de golpe de Estado, se tornaram oficialmente réus. Mas a luta para que essa gente finalmente pague pelos seus crimes ainda não acabou. Não podemos permitir que essa gente seja inocentada”deputada federal Erika Hilton (PSol-SP)

“Sou favorável à anistia para os manifestantes do 8/1. Ninguém concorda com a invasão de prédios públicos e o vandalismo, mas as punições, com até 17 anos de prisão, são excessivas e arbitrárias.”senador Sergio Moro (União-PR)

Enquanto isso… Na sala de Justiça

Muito se falou no protocolo da Espanha preparado para atender casos de violência e abusos sexuais contra mulheres, mas o caso da denúncia de estupro envolvendo o jogador Daniel Alves termina como a maioria no Brasil: a palavra da vitima não é suficiente para condenar, mesmo quando não há possibilidade de obter nenhuma outra prova. Esse tipo de desfecho cria uma situação de medo e incertezas para que as mulheres gritem suas dores diante de abusos.

À Queima-Roupa: Valmir Camilo, presidente da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB)

Quais os desafios da sua gestão?

O desafio maior, neste momento, é despertar os novos funcionários do Banco para a importância do associativismo. A história dos funcionários do Banco do Brasil está diretamente relacionada com o pioneirismo das conquistas dos trabalhadores brasileiros. Temos a primeira previdência complementar, antes mesmo da previdência pública, e a primeira autogestão de saúde, antes mesmo do SUS. Vários direitos que hoje estão consagrados na legislação trabalhista já contemplavam os acordos coletivos dos funcionários do Banco. Esta nova geração de funcionários ainda não conseguiu entender que tudo foi conquistado com muita luta e com muita união. Que entidades como a ANABB e os sindicatos foram importantes para a construção dos direitos que eles têm hoje?

Num momento em que a tecnologia cada vez mais muda as rotinas de trabalho, os bancos fecham agências e reduzem o contato direto com os clientes. Como essa realidade impacta na vida dos funcionários do Banco do Brasil?

Ao longo dos mais de 200 anos de existência, o funcionário do Banco do Brasil teve que se reinventar muitas vezes. Antes, o problema era a distância e a falta de comunicação, depois a necessidade de estar presente nas novas fronteiras agrícolas. O início da automação bancária sinaliza para o desemprego, mas as agências diminuíram de tamanho e aumentaram em quantidade. A quantidade de pontos de atendimento cresceu e as áreas de tecnologia, controle e serviços, ganharam importância. Então, o Banco tem muito tempo que continua com cerca de cem mil funcionários na ativa. Impactou na centralização dos serviços, nas oportunidades de home-office, na presença em pequenas comunidades e na maior quantidade de pontos de atendimentos em cidades médias. Os funcionários desenvolveram outras habilidades, dominam as novas tecnologias e continuam batendo recordes.

O quadro de funcionários está sendo reduzido?

Praticamente todos os aprovados no último concurso do Banco já foram convocados e um outro concurso deve acontecer em breve. Como o concurso do Banco é muito concorrido, é natural que sejam aprovados candidatos que continuam buscando outras oportunidades no setor público e no setor privado – o Banco já não é o melhor emprego do Brasil – é um excelente emprego. Assim, tem uma rotatividade natural, mas não existe uma redução de quadro significativa.

Quais tem sido as principais vitórias da ANABB?

A ANABB nasceu com a missão de defender o Banco do Brasil, enquanto banco público, e defender a Previ e a Cassi, além de lutar pelos diretos dos seus associados em complemento à luta dos sindicatos. Podemos afirmar que temos conquistado muitas vitórias no exercício dessas tarefas. Comemoramos um Banco cada vez mais forte, a Previ como o maior Fundo de Pensão da América Latina, e a Cassi como a maior autogestão da área de saúde do país. Recentemente, a ANABB conseguiu, inclusive, ser protagonista na defesa da isenção de cobrança de impostos para os fundos fechados de previdência (Previ) e para as autogestões de saúde (Cassi) na última Reforma Tributária, que resultou na Lei Complementar 214/2025.

Qual é a situação hoje da Previ?

Muito tem circulado na imprensa sobre os resultados da Previ no exercício de 2024, em relação ao deficit de R$ 17 bilhões. Por mais paradoxal que seja, eu posso afirmar que a situação da Previ é a mesma de quando, no exercício de 2023, apresentou um superávit de mais R$ 14 bilhões. Os movimentos financeiros em um fundo de pensão com quase R$ 300 bilhões de ativos, como a Previ, não são realizados pensando no dia seguinte, na semana seguinte, no mês seguinte e até no ano seguinte. Portanto, os impactos positivos ou negativos da economia que acabam produzindo superavitários ou deficitários, no curto prazo, não são obras da competência ou incompetência de quem acabou de chegar. Levando em conta a gestão compartilhada da Previ, onde eleitos pelos participantes (funcionários do Banco) e indicados pela patrocinadora (Banco do Brasil) têm o mesmo poder, e a chance de erros serem cometidos no curto prazo é quase zero. A depender dos indicadores da economia em 2025, os números mudarão, sem mágicas, obedecendo apenas o humor do “senhor mercado”.

E a Cassi? Está em processo de fusão com a Geap?

Para ser bem objetivo: não está, nunca esteve e nunca estará. O que existe é o que chamamos de compartilhamento de rede de atendimento. Onde não existe rede para atendimento dos associados da Cassi, eles podem ser atendidos na rede da Geap. Onde não existe rede para atendimento dos associados da Geap, eles podem ser atendidos pela rede da Cassi. Uma entidade remunera a outra pelos serviços prestados, nada mais que isso. Lembrando que a Cassi não é uma empresa do Banco do Brasil, a Cassi é mutualista e pertence aos associados, que são os funcionários do Banco do Brasil. Qualquer discussão no sentido da pergunta, não contaria com o apoio da ANABB.