Lucas Vidigal
Ana Viriato
A Polícia Civil do Distrito Federal passou por mudanças estruturais. Conforme decreto assinado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), a corporação conta, a partir desta sexta-feira (19/01), com duas “superdelegacias”. A primeira destina-se ao combate ao crime organizado, contra a administração pública e contra a ordem tributária. A ideia é atuar de forma integrada nas investigações em casos de corrupção e dar celeridade aos processos. O segundo núcleo cuidará de crimes contra o patrimônio.
A coordenação especial contra a corrupção e o crime organizado reúne três delegacias especializadas já existentes e será comandada pelo até então delegado-chefe da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), Fernando César Costa. Em entrevista ao CB.Poder, o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, explicou que o escolheu pela boa relação e interlocução com o Ministério Público, Judiciário, Ministério da Justiça e outros órgãos de controle. A Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais, por sua vez, será chefiada pelo delegado Marco Aurélio Vergilio.
Entre as razões que levaram à criação do primeiro núcleo, está a preocupação com a ampliação do Complexo Penitenciário da Papuda, admite Seba. “Estamos nos antecipando para evitar que o crime organizado se estabeleça no DF como se estabeleceu em outros estados.” Ao todo, atuarão nessa superdelegacia de 70 a 80 agentes, 10 a 11 delegados, além de 10 a 11 escrivães.
O diretor-geral da PCDF disse ainda não temer que a atuação das novas superdelegacias instiguem policiais civis a reforçar o pedido de paridade salarial com a Polícia Federal, uma vez que a corporação teria uma atuação muito próxima à do órgão nacional. “Os policiais que sabem que essa (criação da coordenação) é uma medida de Estado, e não de governo, estão conosco”, declarou. Seba acrescentou que a reestruturação não levará, necessariamente, à contratação de mais policiais. “Qualquer informação sobre isso será especulação.”
O governador Rodrigo Rollemberg acredita que as novas coordenações vão evitar o “retrabalho” que, segundo ele, ocorria quando as delegacias não estavam aglutinadas. “Vamos ter mais agilidade na resolução dos crimes contra a administração e a ordem pública”, argumentou.
Com as modificações na coordenação de combate à corrupção, a Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap) ficará nas mãos de Wenderson Souza e Teles. A especializada é responsável por grandes operações, como a Drácon, que investiga a concessão de emendas parlamentares em troca de propina.
À frente da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Deco), ficará Adriano Valente. A delegacia cuida de investigações com grande repercussão pública, como a Panoptes, que desarticulou um esquema de venda de aprovações em concursos públicos e vestibulares. Terceira a compor a superdelegacia, a Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dicot) será comandada por Virgílio Agnaldo Ozelami. O até então delegado-chefe da Decap, Jonas Bessa, passará a comandar Divisão de Repressão a Facções Criminosas.
Responsável pela investigação de crimes contra o patrimônio, a Coordenação de Repressão a Crimes contra o Patrimônio Público reunirá as delegacias de Roubos e Furtos (DRF) e de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRFV).
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