A um mês do início das convenções partidárias, período em que são registradas coligações e candidaturas, o PV formalizou, nesta quarta-feira (20/06), o apoio ao projeto de reeleição do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Em meio ao anúncio, o presidente nacional da sigla, José Luiz Penna, indicou interesse pela aproximação com o PPS, do senador Cristovam Buarque. “Estamos no campo que desenhamos para nós há muitos anos. O PPS também faz parte. Sinto que podemos arrastá-lo para cá. Fica o nosso voto”, ponderou.
Há, entretanto, um óbice à união. Eleitos senadores na mesma chapa em 2010, Rollemberg e Cristovam romperam há cerca de um ano. O racha aconteceu em fevereiro de 2017. Naquela época, o senador declarou que o partido “cansou de tentar, mas não conseguir participar e, principalmente, influir nos destinos da cidade”. Desde então, são recorrentes as alfinetadas e críticas entre os dois.
Apesar do embate, Rollemberg diz não ter fechado as portas para uma reaproximação com Cristovam. “Sempre há esperança. Partidos tradicionais do mesmo campo político, como PSB, PV, Rede, PDT, Solidariedade, Podemos, PCdoB, PPL e PHS, têm muita identidade política. Como disse o Eduardo [Brandão, presidente regional do PV], não há nenhuma ação de governo que possa nos separar irremediavelmente do ponto de vista conceitual. Os problemas que tivemos são sanáveis e superáveis por meio do diálogo”, apontou.
O aceno, entretanto, não deve ser suficiente para garantir a união. Mesmo com o histórico progressista, Cristovam Buarque comanda, hoje, um grupo de nove partidos, com o deputado federal Izalci Lucas (PSDB) como pré-candidato ao Palácio do Buriti. Por conta das pendências judiciais e partidárias do tucano, o plano B pode ser uma aliança com o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR).