ANA VIRIATO
Os distritais abriram, por volta das 15h10 desta terça-feira (20/06), a sessão que definirá o futuro do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Um grupo de deputados tentou suspender a votação e entrou com um mandado de segurança, que foi negado pelo Tribunal de Justiça do DF. A relatora, desembargadora Ana Maria Amarante, negou a liminar e manteve a sessão marcada para esta tarde.
“Diante dos efeitos catastróficos no sentido de o Poder Judiciário determinar o sobrestamento da apreciação de todas as deliberações legislativas até que se analisem os vetos pendentes, com evidente intervenção na atividade legislativa, e da possibilidade de posterior controle de constitucionalidade da norma ora impugnada, a liminar deve ser indeferida”, argumentou a desembargadora Ana Maria Amarante.
Houve distribuição de senhas aos sindicalistas ligados à saúde para acesso à galeria do plenário. Outros servidores assistem à votação por um telão, instalado ao lado de fora da Câmara Legislativa.
A galeria está dividida em dois lados: os contrários à proposta e os favoráveis. O Legislativo local distribuiu 200 senhas para cada grupo. No momento, os deputados realizam o comunicado de líderes. Após essa etapa, haverá o discurso dos parlamentares. Só depois serão apreciadas as emendas à proposta, além do texto original.
Os parlamentares repercutem o discurso em que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) atacou sindicatos, na última sexta-feira. “Se está faltando médicos nos hospitais, vejam quanto ganha o presidente do Sindicato dos Médicos (Gutemberg Fialho), sem trabalhar. Na rede privada, ele trabalha, mas na rede pública, não. São essas pessoas que estão impedindo o governo de melhorar a saúde”, atacou o chefe do Palácio do Buriti, durante evento em Ceilândia.
O distrital Chico Vigilante (PT) fez duras críticas ao governador. “Na época da campanha, era Gutemberg quem pedia votos ao lado de Rollemberg nas portas dos hospitais. Hoje, sofre ataques. Uma das piores coisas que há no mundo é ser mal agradecido”, disse.
O governista Lira (PHS), em contrapartida, engrossou o coro do chefe do Executivo local. “Será que os interesses dos sindicatos são os mesmos da classe trabalhadora? Muitos sindicalistas reivindicam direitos, mas esquecem dos deveres junto à sociedade. Usar o sindicato politicamente, ao meu ver, é um grande erro”, defendeu.