PGR: Será surpresa se Bolsonaro escolher alguém da lista tríplice

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Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

O presidente Jair Bolsonaro só recebe os candidatos fora da lista tríplice definida pela classe para a Procuradoria-geral da República. Será uma surpresa se ele escolher um dos preferidos pelo próprio Ministério Público para a sucessão da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A decisão deve sair até sexta-feira.

Com trânsito entre militares

Muita gente pensa que o procurador-geral de Justiça Militar, Jaime de Cássio Miranda, está em campanha para a PGR. Mas, segundo integrantes do Ministério Público, ele, na verdade, apóia o subprocurador-geral do MPM Marcelo Weitzel Rabello de Souza (foto). Conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Marcelo esteve ao lado de Jaime em audiência com o presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira. Está no páreo.

Mais upgrade

Integrantes do Ministério Público enxergam na promoção de Alexandre Camanho como subprocurador-geral da República um movimento para guindá-lo ao cargo de procurador-geral da República.

Favorito

O subprocurador-geral da República Augusto Aras continua favorito na disputa para PGR. Mas tem sido detonado. Pessoas próximas acreditam que o tiroteio parte da ANPR e da atual administração.

Questão de sobrevivência

Quem diria que o procurador Deltan Dallagnol chegou a ser cotado, no início do governo, para o cargo de procurador-geral da República, mesmo tendo atuação em primeira instância, graças à relação com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Deltan luta, agora, simplesmente para sobreviver no Ministério Público.

Enquanto isso… Na sala de Justiça

Os advogados mais ligados ao grupo do governador Ibaneis Rocha ficaram fora da lista com 12 candidatos selecionada pelo Conselho da OAB-DF para a vaga do quinto constitucional no Tribunal de Justiça do DF. Comandada pelo advogado Délio Lins e Silva Júnior, a OAB-DF não deu espaço para a oposição. Mas Ibaneis tem contatos e não vai ficar fora dessa disputa. Ele tem se reunido com advogados para discutir o assunto.

Garagem lotada

A Operação Regín, que trata de corrupção no sistema de transporte no DF entre 2007 e 2009, continua rendendo denúncias graves. Na semana passada, os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciaram quatro pessoas por lavagem de dinheiro. O esquema apontado envolve dois ex-integrantes do segundo escalão da Secretaria de Transportes.

O ex-secretário-adjunto da pasta, Júlio Luís Urnau, e o ex-subsecretário José Geraldo de Oliveira Melo são acusados de comprar bens por meio de dois laranjas para usufruir da grana que teria sido cobrada de operadores de transporte coletivo, empresas e cooperativas. Em valores atualizados, o montante chegou a R$ 1,98 milhão, destinado à compra, em nome de uma empresa, de um Chrysler 300 C, um Dodge Ram, um Dodge Journey, um Volvo XC60 e uma moto BMW k. 1300, como os veículos das fotos.

Fernando Fernandes volta à Câmara

O administrador regional de Ceilândia, delegado Fernando Fernandes, vai voltar para a Câmara Legislativa nesta semana. A ideia é passar uns dias exercendo o mandato para votar, entre outros projetos, o que cria a região administrativa do Sol Nascente. A suplente, Telma Rufino (Pros), ficará fora de combate nesta semana. Fernandes está acertando alguns detalhes com o governador Ibaneis Rocha, mas já fechou questão.

Só papos

“O presidente da República demonstra estar desprovido dos mais elementares valores requeridos a um estadista”
Marina Silva, líder da Rede

“Fazer cocô dia sim, dia não”
Presidente Jair Bolsonaro, citando a solução para combater a poluição ambiental

Mandou bem

O governador Ibaneis Rocha disse ser a favor da paz no trânsito e, dessa forma, contra eliminar todos os equipamentos de fiscalização da velocidade dos veículos nas ruas de Brasília.

Mandou mal

O Padre Fábio de Melo sofreu um bombardeio pesado nas redes sociais e foi chamado de “justiceiro” porque criticou a liberação da prisão para o dia dos pais de um condenado por matar a própria filha, no caso Nardoni.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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