Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
Os acessos ao sistema de votação vieram de 33 países, além do Brasil, a maioria dos Estados Unidos. Cada eleitor podia escolher até seis candidatos em uma lista de 12. Dessa lista, o Pleno do Tribunal de Justiça do DF vai eleger três nomes. O presidente Jair Bolsonaro nomeará um ou uma concorrente.
Veja quem integra a lista:
Roberta Batista de Queiroz
Eduardo Lowenhaupt da Cunha
Christianne Dias Ferreira
José Rui Carneiro
Ana Paula Pereira Meneses
Robson Vieira Teixeira de Freitas
À QUEIMA-ROUPA
Délio Lins e Silva Júnior, presidente da OAB-DF
Deu tudo certo na votação para a lista sêxtupla? Experiência positiva?
Deu tudo certo. A votação foi fácil, as pessoas votaram em segundos. Não houve intercorrência nenhuma. Houve tentativas de hackers de derrubar o sistema. Mas foi tudo controlado.
O comando da OAB-DF vai apoiar algum candidato?
Não. São seis nomes muito bons. Aliás, os 12 eram ótimos. A diretoria não vai se envolver mais agora nas outras fases. Nossa parte já fizemos.
Qual, na sua avaliação, será o critério dos desembargadores para a escolha da lista tríplice?
Critério técnico. A lista é bem representativa. São três homens e três mulheres. Temos advogados públicos e com várias especializações.
O que vai contar para a escolha do presidente Jair Bolsonaro?
Não sei. Essa é uma questão do presidente.
Esse modelo de escolha dos candidatos deu certo?
Muito certo. Fizemos um filtro inicial para garantir a qualidade dos nomes e a palavra final foi da classe. Inclusive, no Conselho Federal, ouvi que vários conselheiros gostaram e outros estados vão implementar.
Qual a importância da participação da advocacia na composição dos tribunais?
É importante para oxigenar, levar as ideias da advocacia. Quem vem da classe sabe quais são as dificuldades que a advocacia tem, como falar com juiz, ter acesso aos processos, a celeridade processual…
Os advogados que saíram da OAB-DF têm honrado essa máxima?
Sim. O desembargador Flávio Rostirolla, por exemplo, cuja vaga será preenchida, era um advogado dentro do tribunal. Isso aumenta muito a responsabilidade de quem vai sucedê-lo. Ele atuava muito a favor da classe.
E o direito de defesa do réu? É mais forte no julgamento quando um juiz é oriundo da advocacia?
A tendência é essa. Um advogado sabe quais são os sofrimentos da categoria. Um juiz do quinto acaba em regra sendo um pouco mais benevolente.