Por Pablo Giovanni — À queima-roupa, com Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
“Sempre tive convicção de que o STF faria justiça!”
O STF formou maioria para retirar o mandato de sete deputados federais com base na inconstitucionalidade das regras de distribuição das sobras eleitorais. O caso voltará à estaca zero após um pedido do ministro André Mendonça, mas, normalmente, os ministros mantêm os votos proferidos em casos semelhantes. Como o senhor avalia esse momento, em que pode assumir o mandato de deputado federal?
Sempre tive convicção de que o STF faria justiça! A lei é clara e a resolução do TSE extrapolou o que diz a lei na questão das sobras eleitorais. O próprio STF, por oito votos, reconheceu a inconstitucionalidade. Por outro lado, a lei que regulamenta as ações diretas de inconstitucionalidade é categórica em determinar que, para haver modulação, seria preciso oito votos. Espero, sereno e confiante, que o desfecho dessa ação aconteça de forma célere para reduzir o prejuízo dos sete deputados federais que foram eleitos e ainda não tomaram posse. Vamos ter que trabalhar em dobro para compensar o tempo que ficamos de fora.
O senhor está fazendo planos para assumir a função de deputado federal ou considera que ainda é cedo? Em 2022, obteve 51.926 votos.
Estou muito dedicado à minha missão como secretário de Economia Verde do MDIC. A pauta é apaixonante, e trabalhar sob a liderança do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin é um privilégio. Essa experiência vou levar para a Câmara. Sei que posso dar uma grande contribuição ao Brasil nessa agenda que precisa ser acelerada. Cada dia que passamos sem regulamentação dos temas da agenda verde são oportunidades de investimentos e empregos que se perdem no Brasil. Estou pronto para ajudar o governo Lula e o país no Congresso Nacional.
Como a eventual anulação do mandato de Gilvan Máximo pode afetar a composição política da bancada do DF na Câmara? Atualmente, apenas dois deputados integram o mesmo campo político que o senhor.
Fortalecer o campo progressista é bom para o Brasil e para o Distrito Federal. A agenda do desenvolvimento sustentável deve ser prioridade para o país. Precisamos gerar empregos, reduzir desigualdades sociais, criar oportunidades para os mais jovens. O Brasil tem que ser o país do futuro e do presente. E o Congresso Nacional é muito importante para isso.