O ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou que é favorável às reformas da previdência e de tributos. Diferentemente da posição de seu partido, que chegou a aplicar punições a deputados que votaram favorável à aprovação das propostas, o ex-chefe do Executivo local disse acreditar que as reformas são necessárias, mas que, da forma como estão apresentadas, não funcionam.
“É claro que uma reforma da previdência é importante para o Brasil, especialmente a definição de uma idade mínima para aposentadoria, mas eu estudei essa reforma da previdência como assessor legislativo no Senado e, da forma como ela foi proposta e aprovada, ela agrava o principal problema brasileiro, que é a desigualdade social. O Brasil precisa efetivamente de um ajuste fiscal, mas quem está sendo penalizado nesse momento são aqueles mais fracos, são os mais pobres da população”, completou.
O ex-governador, que tem aproveitado 10 meses nos bastidores do cenário político para estudar propostas como essas, deu a declaração em entrevista ao programa CB.Poder, parceria do Correio com a TV Brasília, nesta segunda-feira (14/10).
Sobre a reforma tributária, Rollemberg afirmou que o maior erro do Brasil é depositar os tributos em consumo. Segundo ele, isso compromete as pessoas mais pobres que gastam os salários para comprar comida, pagar o aluguel e outros serviços em que se concentram os tributos. Para ele, o Brasil precisa mudar a forma como faz essa distribuição e compara a situação a países como Estados Unidos, França e Alemanha.
“Em países desenvolvidos, como Estados Unidos, França e Alemanha, a grande parte dos tributos está sobre a renda, está sobre o patrimônio, está sobre os dividendos. É essa reforma tributária que nós temos de fazer para que as pessoas que ganham pouco paguem menos e as pessoas que ganham muito paguem mais. Com isso, a gente faz justiça social e contribui para reduzir a desigualdade ”.
Longe dos Holofotes
Dez meses depois de deixar o Palácio do Buriti, Rollemberg criticou a gestão do novo governador Ibaneis Rocha (MDB). Para ele, o discurso do atual chefe do executivo foi eleitoreiro e, até o momento, não foi cumprido.
Sobre o posicionamento político do Partido Socialista Brasiliero (PSB) e as possíveis articulações de candidatura para as eleições de 2022, Rollemberg disse apenas que ainda é muito cedo para definir possíveis nomes ou cargos políticos, mas não descartou a possibilidade de voltar como candidato.
Segundo ele, este é um momento de autocrítica e reflexão para o PSB. Neste primeiro momento, o partido deve alinhar as arestas políticas para só depois começar a debater sobre nomes e alianças políticas.
Confira a íntegra da entrevista:
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