A novela da formação das chapas tem um capítulo especial na escolha dos vices. Rodrigo Rollemberg (PSB) avalia a possibilidade de apostar em Eduardo Brandão (PV). A chance é grande, mas nada está fechado. Neste caso, a vaga vale ouro porque, se for eleito, Rollemberg pode deixar o governo antes do fim do mandato, nove meses antes, se quiser concorrer a novo cargo. Isso, claro, se as regras não forem alteradas até lá.
Mas o fato é que, como Rollemberg não poderá disputar novo mandato no Buriti, o vice ou a vice será um nome forte para a sua sucessão. Rollemberg certamente escolherá alguém de sua confiança e que seja discreto, para não fazer muita sombra à sua gestão. As duas últimas escolhas não foram bem-sucedidas. Com o vice-governador Renato Santana (PSD), a relação é péssima e o suplente ao Senado, Hélio José (Pros), também não é um aliado. Nos dois casos, Rollemberg deixou a indicação para partidos da coligação. Agora deve fazer diferente.
Mágoas difíceis de curar
Com a indefinição de Rogério Rosso (PSD), o grupo político de Rollemberg enviou sinais por meio de interlocutores sobre uma reaproximação. Mas Rosso não aceita conversar sem que haja uma demonstração pública de reconciliação entre o governador e o vice, Renato Santana, que chegou ao cargo por sua indicação.
O problema é que, depois que o vice-governador chamou Rollemberg de racista e bandido, foi implodida qualquer chance de pacificação. O grupo aceita fazer um gesto público em favor de Rosso, mas não quer conversa com o 02 do Buriti. Ele, por sua vez, também tem muitas mágoas.