À queima-roupa // Deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos)
Você é autor de uma lei que considera as atividades religiosas essenciais em tempos de pandemia. Não é um risco permitir cultos num momento em que as UTIs estão lotadas?
Não acredito ser um risco pois todos os templos respeitam as normas de segurança segurança sanitária. Além disso, a atividade religiosa é essencial para auxiliar o indivíduo a vencer os impactos da pandemia na saúde mental.
Como garantir que as igrejas seguirão as normas de segurança?
Todos os templos que estão abertos desde quando foram autorizados seguem as normas de segurança sanitária. As pessoas só entram depois de passarem por uma rigorosa inspeção na porta. Não houve relaxamento. Há restrição também de quantitativo de pessoas. O distanciamento social dentro dos templos é respeitado e as atividades on-line continuam para aqueles que são do grupo de risco. Além disso, há uma rigorosa fiscalização do poder público no funcionamento dos templos durante a pandemia. Vários templos receberam a visita de fiscais do DF Legal para averiguar o cumprimento das medidas.
Muita gente questiona a liberação de igrejas e templos quando as escolas estão fechadas, com aulas on-line. Os cultos também não poderiam ser realizados por videoconferência?
Os cultos também são transmitidos por videoconferência, a questão é que a permanência dentro de um templo religioso não passa de 1h30 e todos os protocolos são seguidos rigorosamente, além de existir uma fiscalização implacável do Poder Público no funcionamento dos templos. Lembrando que são nos templos religiosos que as pessoas choram e buscam consolo de suas perdas principalmente neste momento que não podemos compartilhar um abraço dos nossos entes queridos.
Muita gente já acompanha as missas e cultos pela televisão. Não seria uma forma mais adequada?
Cultos e missas já são transmitidos pela TV muito tempo antes da pandemia. A realização de culto presencial é um refúgio para aquelas pessoas que estão passando por momentos difíceis, como depressão, pensamentos de suicídio, pensamentos de automutilação, agravamento de vícios dentre outros. Lembrando que os templos religiosos são hospitais da alma.
Você é favorável ao lockdown?
Ninguém é favorável a lockdown. Infelizmente por não termos vacinas disponíveis para a população as autoridades precisam tomar medidas extremas, mesmo quando não concordamos.
O que você pode dizer aos empresários e comerciantes que terão prejuízos com a paralisação das atividades?
Podem contar com o nosso mandato para buscar soluções junto ao Governo para reparar estes prejuízos. O setor produtivo sempre foi um parceiro do Estado e é essencial para o combate da segunda maior consequência da pandemia que é o desemprego. O governador Ibaneis é sensível ao setor e acredito que juntos vamos encontrar uma solução emergencial para reparar os prejuízos financeiros.
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