Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
Não é de hoje o duelo entre os governadores do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Tudo começou em junho de 2019, quando o goiano foi grosseiro com Ibaneis. Durante uma viagem de trem a Valparaíso (GO), Ibaneis recebeu uma ligação de Caiado que queria tirar satisfação sobre a operação de testes do veículo sobre trilhos, da qual o governador do DF participava a convite do Ministério do Desenvolvimento Regional. Depois, eles voltaram a trocar farpas quando Caiado defendeu que recursos do Fundo Constitucional do DF fossem direcionados aos municípios do Entorno. No ano passado, eles se desentenderam porque Caiado reclamou de Ibaneis reduzir as restrições do comércio durante a pandemia. A briga, agora, esquentou por conta do vírus mutante de pacientes goianos atendidos no DF. Ibaneis reagiu e o embate esquentou. Não é de hoje, também, a dificuldade de gestão dos municípios do Entorno, um problema que é do DF e de Goiás.
Governador em on
O governador Ibaneis Rocha (MDB) entrou na onda de se manifestar publicamente pelo Twitter, como o presidente Jair Bolsonaro e diversos outros políticos — como Donald Trump e Joe Biden. Ontem (24/2), ele postou uma mensagem dizendo que agora “está on”. Vamos ver se mantém o ritmo nas postagens.
Gastos com pessoal caíram e receita aumentou
Apesar da pandemia, o GDF está em situação de equilíbrio fiscal. O gasto com a folha de pessoal caiu de 43,54% para 42,05% da receita corrente líquida entre 2019 e 2020, mantendo-se abaixo do limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 44,10%. As receitas correntes de 2020 tiveram uma variação nominal de 8,09% se comparadas com as de 2019, passando de R$ 22,7 bilhões para R$ 24,5. Já as receitas tributárias registraram aumento nominal de 4,48% na arrecadação em relação ao ano anterior. Os números foram apresentados ontem por gestores da Secretaria de Economia, em audiência remota da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa, presidida pelo deputado Agaciel Maia (PL).
Indignação virtual da primeira-dama
O assunto nos grupos virtuais de deputados distritais ontem foi a bronca pública da primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social, no deputado Reginaldo Veras (PDT). Indignada com as críticas que o parlamentar da oposição fez à suposta demora na nomeação de servidores para a pasta que comanda, Mayara gravou um vídeo que repercutiu muito, com uma mensagem carregada de ironias: “Conhece o deputado Reginaldo Veras? Então… Esse, essa perfeição, esse exemplo dentro do Parlamento, esse exemplo de político abriu a boca para falar mal de mim, falar que eu não trabalho, que eu sou uma inútil, uma fútil, que não sabe nem o que estou fazendo na cadeira da Secretaria, que eu não nomeio servidores. Deputado, em um mês eu coloquei o processo para rodar. O senhor respeita a moça aqui que é secretária de Estado que coloca a mão na massa”. Reginaldo Veras não quis comentar.
A pergunta que não quer calar….
Na onda dos questionamentos à força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, os políticos vão aprovar no Congresso leis que dificultam o combate à corrupção?
Recuperação de vias
A presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, deputada Flávia Arruda (PL-DF), recebeu ontem (24/2) o governador Ibaneis Rocha (MDB), secretários e dirigentes do Dnit, para tratar de recursos para infraestrutura. O tema principal foi recuperação e melhorias das vias BR 020, 080, 070 e 251.
Juízes diferentes
De autoria da deputada Celina Leão (PP-DF), projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados muda a tramitação de processos de competência originária nos tribunais, ou seja, os relacionados a políticos com foro especial. A proposta estabelece que o relator do inquérito não poderá atuar como relator da instrução. Dessa forma, quem autorizar diligências, como buscas e apreensões e expedir mandados de prisão preventiva não poderá relatar a fase de julgamento.
Só papos
“O cara que entra na pilha da vacina, só a vacina, é um idiota útil. Nós devemos ter várias opções”
Presidente Jair Bolsonaro
“Na época do H1N1 nós aplicamos mais de 80 milhões de vacinas em três meses e esse governo nem pra comprar vacina serve”
Ex-presidente Lula