Por Matheus Teixeira e Guilherme Pera
O ex-deputado federal pela Paraíba Walter Brito Neto teve a filiação à Rede negada por ser a favor do Estatuto da Família. No Twitter, ele não poupou críticas à Marina Silva. “Acho estranho um partido que tem na sua maior liderança uma mulher evangélica esse tipo de comportamento”, escreveu. E foi além: “A Rede precisa respeitar os valores e conceitos da comunidade evangélica, ninguém vai conquistar nada com intolerância e perseguição”.
Na última sessão da Câmara Legislativa do primeiro semestre de 2015, uma versão local da proposta foi aprovada com os votos de todos os deputados presentes. Entre eles, estava Luzia de Paula (à época no PEN), que se filiou à Rede nesta quarta (7/10). Os outros dois distritais que caíram na Rede não estavam presentes. Chico Leite (então no PT) não compareceu para a votação e Cláudio Abrantes (também no Partido dos Trabalhadores) ainda era suplente da coligação PT-PMDB-PP. Dr. Michel (PP) foi o dono da cadeira até se tornar conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), em 2 de setembro.
O projeto de lei, de Rodrigo Delmasso (PTN), segue a linha do que foi proposto em âmbito federal: restringe o conceito de família a homem e mulher. Sobre esse posicionamento, a Rede divulgou nota em que classificou como “não apenas um retrocesso, mas também um claro desafio à Constituição e ao Supremo Tribunal Federal”. Procurada pelo CB.Poder, Luzia afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que “mantém o mesmo posicionamento do fim do semestre passado”.