À QUEIMA-ROUPA
Izalci Lucas (PSDB-DF), senador
O nome do senhor foi cotado antes e continua em evidência para o Ministério da Educação, com os questionamentos sobre o ministro Abraham Weintraub. O senhor foi sondado de fato para o cargo?
Tem muita conversa e especulação nesse assunto. Mas, evidentemente, tem também muita gente torcendo e falando. Num primeiro momento, deputados e senadores da frente evangélica e das bancadas de Ciência e Tecnologia e Educação falaram comigo, mas não houve nenhum comentário por parte do presidente e é ele quem decide isso.
Mas o senhor aceitaria, se houvesse o convite oficial?
Olha, eu estou na vida pública por causa da educação, foi ela que me fez entrar na política. Se eu tivesse liberdade de fazer o que acho necessário, não teria nenhuma dificuldade em aceitar. Mas precisa haver um convite na prática, até agora, é só especulação. E isso não é uma reivindicação minha, algo que eu esteja em busca. Mas é um desafio que eu aceitaria se tivesse liberdade.
Que direção o senhor seguiria se assumisse?
A gente tem de fazer investimentos em tecnologia, em banda larga, não tem como fazer educação sem isso. O modelo tradicional tem de mudar, porque está falido. Também é preciso pensar em educação profissional de uma forma mais ampla. Têm as questões das avaliações que precisam ser revistas. Precisamos investir em educação infantil para já resolver, porque a solução começa lá. Investimento em educação. Tem que ver a que liberdade. Não é algo que trabalho para ser convidado, mas fico feliz de que meu nome seja lembrado.
Que avaliação o senhor faz da educação no primeiro ano do presidente Jair Bolsonaro?
Tem medidas positivas, mas a forma como elas foram tocadas é negativa. Há uma série de coisas que não foram feitas, mas é preciso ver o jeito de se realizar. Tudo deve ser feito sem atropelar. Então, o problema está na forma mesmo, e não nas ações. O Future-se, por exemplo, é um projeto maravilhoso, mas foi muito mal apresentado.
O senhor é um dos únicos parlamentares da bancada no Congresso com um posicionamento mais forte em relação ao governo Ibaneis. Está nos planos tentar o Buriti?
O que eu tenho colocado até para a equipe do governador é que a gente não deveria antecipar as eleições. É ruim para a cidade. Ele antecipou e disse que vai para a reeleição, em entrevista ao Correio. Eu acho que isso é ruim para o DF e atrapalha o processo. Às vezes, diante disso, as pessoas colocam dificuldade em receber ajuda pensando nessa questão eleitoral. O que eu quero é ajudar o DF, e nunca se colocou tantos recursos federais no DF quanto agora.
O presidente Bolsonaro assinou o PLN com o reajuste para as forças de segurança. Haverá muita resistência no Congresso? Quando deve sair na prática?
Eu acho que não. Precisamos ter jeito. Apesar de o governo não ter mandado para cá, nós aprovamos a mudança da Polícia Civil na LDO, ainda no ano passado. A PCDF estava com tudo isso aprovado. Faltavam PM e Bombeiros. Nós vamos trabalhar pela aprovação rápida, mas a Comissão Mista do Orçamento deve ser montada no fim de março. Aí, é preciso aprovar na Comissão e depois ir para o plenário. A previsão é para abril. Não tem como fazer antes.
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