Coluna Eixo Capital publicada em 6 de dezembro de 2024, por Ana Maria Campos
Enquanto discutia com integrantes da oposição sobre a manutenção das regras de correção do Fundo Constitucional do DF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) disse aos adversários que as novas formas de cálculo provocarão uma perda anual de R$ 800 milhões. E provocou: “O impacto não será no meu governo. Quem quer chegar ao poder vai sentir”, provocou.
No MDB
À coluna, Ibaneis disse que não tem pretensão de mudar de partido. “Estou muito bem no MDB”, afirmou. Há aposta no meio político de que o governador do DF poderá escolher nova legenda a depender da posição de seu partido em relação às eleições presidenciais. Caso os emedebistas decidam apoiar a reeleição de Lula, Ibaneis terá dificuldades em seguir esse caminho.
Constrangimento no Planalto
Em entrevista ao programa CB.Poder, o governador Ibaneis Rocha (MDB) falou pela primeira vez sobre a relação distante com o presidente Lula. Certa vez ele esteve no Palácio do Planalto, representando o DF no Fórum de Governadores. Mas não foi chamado para se pronunciar. Em seu lugar, falou a governadora do Ceará, Fátima Bezerra (PT). Ibaneis virou as costas e foi embora.
Derrota para a falta de unidade
A demora em entrar em campanha e a divisão do grupo podem ter sido os fatores que levaram à derrota do criminalista Cleber Lopes na disputa à presidência da OAB-DF. É a avaliação do governador Ibaneis Rocha. Segundo ele, Cleber apenas neste ano virou candidato, enquanto adversários estavam há mais tempo em visibilidade na Ordem. Além disso, a candidatura de Everardo Gueiros tirou votos de Cleber, uma vez que eles eram aliados em outros pleitos. Mesmo assim, na avaliação de Ibaneis, Cleber teve um bom desempenho, ao reunir mais de oito mil votos. “Eu mesmo só venci a presidência da OAB na segunda eleição”, afirma Ibaneis. Ele também disse que tem uma boa relação com o advogado Paulo Maurício Siqueira, o Poli, eleito presidente para o próximo triênio 2025-2027, e acredita numa relação respeitosa, como foi com o atual presidente, Délio Lins e Silva Júnior.
Apreensão de bem sem intervenção judicial
O cartório do 2° ofício de Registro Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Brasília promoveu ontem a primeira retomada extrajudicial de veículo no Distrito Federal, com base na Lei nº 14.711/2023. Foi um Fiat Pulse. A medida passou a permitir a busca e apreensão de veículo em cartório, sem a necessidade de intervenção judicial. Foram necessários 43 dias desde o requerimento inicial pelo credor até a apreensão do veículo. “Esse resultado reafirma a posição dos cartórios do Distrito Federal na vanguarda tecnológica, operacional e de cumprimento da lei”, afirmou o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Distrito Federal (Anoreg-DF), Allan Guerra. O novo procedimento está previsto no artigo 6° da Lei 14.711/2023. Ele autoriza que a execução da dívida de financiamento de veículo seja feita em cartório e não necessariamente na Justiça.
Luxo no Noroeste
A Paulo Octávio lançou o edifício mais luxuoso de sua história. Erguido no Noroeste, o Residencial Marianne Peretti homenageia a única mulher a integrar o time artístico capitaneado por Oscar Niemeyer. Ela é autora, entre outras obras, dos vitrais de espaços, como o Memorial JK, o Senado e a Câmara, o Palácio do Jaburu, o Teatro Nacional, o Superior Tribunal da Justiça, o Panteão da Liberdade e a Catedral de Brasília. São 20 unidades de quatro suítes, com até 271m², e quatro coberturas duplex de até 467m² e quatro a cinco vagas de garagem.
Bonitinha, mas ordinária
Pela primeira vez desde a estreia, há 64 anos, uma montagem para o teatro de Bonitinha, mas ordinária, de Nelson Rodrigues, será protagonizada por uma família preta. A atriz Sol Miranda dá vida à Ritinha, em cena acompanhada dos atores negros Ágatha Marinho, Sirléa Aleixo, Marília Coelho, Junior Vieira, Aline Dias, Kênia Bárbara. São 16 atores que dividem o palco, sob direção de Bruce Gomlevsky, que manteve a ambientação da história na década de 1960. A peça faz temporada de 12 a 22 de dezembro, na Caixa Cultural Brasília.
Segurança em debate
O ministro Gilmar Mendes (foto), do STF, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vão se reunir hoje para debater sobre segurança pública em evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em São Paulo. Intitulado como “Os desafios da segurança pública no Brasil: desafios jurídicos e institucionais”, o debate contará também com a participação do ex-ministro da Defesa e Segurança Pública Raul Jungmann, da ministra Daniela Teixeira, do STJ, e da coordenadora do Centro de Ciência Aplicada à Segurança Pública da Fundação Getulio Vargas, Joana Monteiro.