ANA MARIA CAMPOS
A executiva regional do PT-DF divulgou nota para negar a versão do ex-deputado Geraldo Magela (PT) de que teria sido vetado para o cargo de vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal em decorrência de disputas internas do partido.
Como a coluna Eixo Capital mostrou no último domingo (22), já confirmado para o cargo na Caixa, Magela foi comunicado de que não mais seria nomeado “por questões políticas”.
Em carta dirigida à militância, Magela disse não ter dúvidas de que houve uma ação de adversários internos no DF. “São as mesmas disputas internas no PT que me impediram de ser candidato a governador e a senador na última eleição. É, portanto, um veto político”, disse o ex-deputado.
Na nota, a executiva do PT-DF afirma: “Em nenhum momento, passou por esta Executiva ou pela Comissão constituída para recepcionar pleitos da militância com vista à ocupação de cargos no Governo Federal, o nome do companheiro Geraldo Magela”.
Segundo a executiva, Magela foi indicado pela corrente da qual faz parte no partido, a Movimento PT, diretamente ao governo federal. “Somente tomamos conhecimento de tal indicação, através da imprensa. Não caberia, portanto, a nenhum militante ou dirigente questionar tal indicação, tendo em vista tratar-se de uma decisão que competiria exclusivamente ao governo federal”.
A executiva do PT-DF conclui: “Portanto, revela-se totalmente descabida a acusação feita pelo companheiro Magela, através de duas cartas dirigidas à militância do PT DF, de que teria havido ‘vetos’ ao seu nome, partindo de militantes ou dirigentes do PT-DF”.
Segundo petistas, Magela, na verdade, perdeu a indicação porque divulgou antes da hora que assumiria a função.
O grupo de Magela levou ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, suas reivindicações, e uma delas era a vice-presidência da Caixa para Magela.
Padilha disse que era uma ótima indicação e elogiou Magela. Logo, a notícia foi divulgada na imprensa.
Ninguém gostou da divulgação antes da hora: nem o presidente Lula nem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nem a presidente da Caixa, Rita Serrano, que reclamou.