PSB acredita que continuará com vaga de distrital mesmo após cassação de José Gomes

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Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

O PSB fez as contas e defende que, mesmo com a anulação dos 16 mil votos de José Gomes, a vaga aberta na Câmara Legislativa com a cassação pertence ao partido. A legenda do ex-governador Rodrigo Rollemberg fez 123.457 votos.

Mesmo perdendo os de Gomes, a coligação fica com cerca de 107 mil votos, mais do que a próxima coligação que elegeria dois deputados, a do Pros. Com essa matemática, a vaga de José Gomes pertence a Luzia de Paula (PSB) e não a Telma Rufino (Pros), que reivindica o mandato.

Mudança de posição

José Gomes nunca teve afinidade com o grupo político de Rodrigo Rollemberg. Diferentemente de Luzia de Paula, que deve seguir as diretrizes do PSB. Uma das primeiras mudanças é a posição em relação à CPI da Pandemia. José Gomes foi contra, mesmo com posição fechada a favor da investigação sobre as supostas fraudes em testes de covid. Luzia deve seguir o partido.

Fora da política

O empresário José Gomes (PSB) teve vida curta na política. Com a decisão unânime do Tribunal Super Eleitoral (TSE), há ainda possibilidade de recurso ao STF, mas dificilmente o distrital conseguirá se manter no mandato cassado por abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2018.

Por decisão do Tribunal Regional Eleitoral do DF, ele ainda foi declarado inelegível por oito anos. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), o então candidato ameaçou demitir os empregados de sua empresa caso não votassem nele.

Ao julgar o caso, o TRE-DF entendeu que o abuso do poder econômico foi comprovado com cópias de mensagens de WhatsApp enviadas aos cerca de 10 mil empregados que trabalham na empresa Real JG, de propriedade de José Gomes.

Também há áudios e vídeos, gravados por trabalhadores, de reuniões em que as ameaças ocorreram. Fica um exemplo para quem se arvora a entrar na política sem história.

3 mil vidas salvas

Ao fechar mais de cem leitos de UTI reservados para covid-19, a equipe do Hospital Santa Lúcia se emocionou. Os enfermeiros e auxiliares de enfermagem que trabalharam diretamente no tratamento dos pacientes gravaram um vídeo emocionante em que registram: mais de três mil vidas foram salvas naquele hospital.

Um PM no TCU

Um policial militar do DF deve assumir o cargo de ministro do TCU. Com formação jurídica, o major Jorge Oliveira foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga de José Múcio Monteiro. Um olhar sobre a segurança pública do DF e os gastos do Fundo Constitucional no TCU.

Eleições para comodoro do Iate

As eleições para a escolha do próximo comodoro e integrantes do Conselho Deliberativo que estarão à frente do Iate Clube, um dos mais tradicionais de Brasília, nos próximos três anos, acontecem no próximo sábado, dia 10. A novidade é que, em tempos de pandemia, pela primeira vez os sócios vão votar virtualmente, das 11h às 20h. São duas chapas para a comodoria e duas para o Conselho Deliberativo.

Homenagem a Letícia Curado

Como forma de prestar homenagem à advogada Letícia Curado, vítima de feminicídio no ano passado, a Câmara Legislativa aprovou em primeiro turno o projeto de lei no 760/2019, que cria a Praça da Mulher Leticia Curado, em Planaltina.

De autoria do deputado distrital Claudio Abrantes, a proposta foi apreciada e aprovada no dia do aniversário de Kenia de Sousa, mãe da advogada.

A Praça da Mulher Leticia Curado ficará em uma área lateral à Avenida Erasmo de Castro, no Setor Habitacional Arapoanga, em Planaltina. O bairro é o mesmo onde ela morava, e o local da praça é próximo à parada de ônibus onde ela foi levada pelo assassino .

Só papos

“Ele já encadeou várias medidas, desde o Coaf, a questão da Receita, a nomeação do Aras, a ‘demissão’ do Moro, agora a nomeação do Kassio. É o grande legado que ele pode deixar para o Brasil: o desmonte desse sistema.”

Senador Renan Calheiros (MDB-AL), alvo de ações da Lava-Jato, em entrevista à CNN, parabenizando o presidente Jair Bolsonaro pelo desmonte da Lava-Jato

“O legado para o qual elegemos o presidente foi o do fortalecimento da Lava-Jato, não estas medidas para enterrar o combate à corrupção”

Deputado federal Junior Bozzella (PSL-SP), ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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