Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
O diretório nacional do PSB não vai deixar barata a desfiliação da senadora Leila Barros (PSB). O partido ajuizou, ontem (27/7), uma ação monitória contra a parlamentar para cobrar uma suposta dívida de R$ 102.481,75, decorrente do não recolhimento da contribuição financeira mensal devida por filiados do PSB com mandato eletivo, prevista no Estatuto partidário. Tramita na 22ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Mas não é só isso. A direção da legenda pretende pedir na Justiça o mandato de Leila, alegando que custeou, com fundo eleitoral, toda a campanha da ex-atleta olímpica. E mais: a executiva nacional analisa aprovar uma resolução proibindo o PSB-DF de fechar coligação com o partido de Leila, caso ela seja candidata a governadora. Virou guerra.
Mais pedidos ao Ministério da Saúde
O deputado Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF) entrou na força-tarefa política para a obtenção de 290 mil vacinas extras para o Distrito Federal, como compensação por doses aplicadas em moradores de outras unidades da federação ou pela lista de prioridades subavaliadas pelo Ministério da Saúde. Ribeiro, que é da base do governo Bolsonaro, enviou um ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltando que, com seis meses do início do programa de imunização, o DF vacinou com a primeira dose apenas 39% da população.
Fake news para justificar veto
O presidente Jair Bolsonaro usou, em entrevista ontem (27/7), falsos argumentos para justificar o veto ao projeto que facilita o acesso de pacientes com câncer à quimioterapia oral. Ele disse que não poderia sancionar o texto, de autoria do senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF), porque seria crime de responsabilidade, uma vez que determinar que operadoras privadas de plano de saúde arquem com o custo de medicamentos tomados em casa — e não em hospitais — criaria despesas para o governo, sem previsão de fonte de despesa. Ocorre que o projeto não tem nenhuma relação direta com o SUS. Na verdade, atinge os pacientes que pagam planos de saúde para serem tratados em hospitais particulares. Os grandes beneficiários do veto são essas operadoras privadas de assistência à saúde. Na justificativa oficial, encaminhada ao Congresso, Bolsonaro sustentou que a medida contraria o interesse público porque acarretaria “inevitável repasse dos custos adicionais aos consumidores”.
Polícia Civil do DF tem a responsabilidade de apurar causa de lesões de Joice Hasselmann
A aposta de agentes da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados é de que a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) sofreu uma, ou várias quedas, dentro do próprio apartamento funcional, em prédio na 302 Norte. Por isso, teria se ferido sozinha. Mas a parlamentar — que tem muitos inimigos — diz que a milícia pode ter agido. “Já disse com todas as letras que isso não é coisa de amador, mas de profissional. Ninguém entraria na casa de uma parlamentar para agredi-la dando ‘tchauzinho’ para a câmera do térreo ou do elevador, tendo tantos pontos cegos no prédio. Não terei o mesmo destino de PC Farias”, disse. Com a palavra, agora, a Polícia Civil do Distrito Federal. O caso está na 2ª DP, da Asa Norte.