O inquérito que relacionava o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) às denúncias feitas pela presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, foi arquivado na Procuradoria-geral da República (PGR).
Em parecer concluído em 13 de setembro, o vice procurador-geral da República, José Bonifácio Borges de Andrada, concluiu que não há elementos que envolvam qualquer autoridade com foro especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ), como é o caso de governadores. “A simples menção de seu nome não tem o condão de deslocar a competência para apuração dos fatos”, ressaltou.
O caso chegou à PGR com o início da investigação das gravações da sindicalista no Ministério Público do DF, quando surgiram trechos de diálogos com citações a Rollemberg.
Caberia à PGR avaliar se há elementos para uma investigação ou denúncia contra o governador. No entendimento do vice-procurador-geral da República, houve uma evidente tentativa de envolver Rollemberg nas denúncias.
Investigação precisa continuar
No parecer, ao qual à coluna teve acesso, o vice procurador-geral da República, José Bonifácio Borges de Andradra, aponta: “Apesar de referências aos nomes do governador do Distrito Federal e de membro de sua família, não foram trazidos aos autos quaisquer indícios de sua participação direta nos fatos narrados e tidos por ilícitos”.
Mas o representante do Ministério Público deixa claro que há necessidade de aprofundamento das investigações sobre corrupção na área de saúde. “Há todavia elementos suficientes para que se prossiga na apuração de alguns dos fatos que teriam resultado em favorecimento indevido a servidores públicos, empresas organizações sociais e membros da Assembleia Legislativa”.
O caso segue sob investigação na chamada Operação Drácon.