A privatização de estatais do Distrito Federal podem render cerca de R$ 8 bilhões aos cofres públicos, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Ruy Coutinho. A Companhia Energética de Brasília (CEB), a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB) e a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) foram as escolhidas para iniciar o processo.
“A CEB é a primeira. Nos três casos, nós fizemos um documento com o BNDES, um acordo de cooperação técnica visando o apoio do banco a todo o processo. A modelagem de venda, a precificação da empresa…”, afirmou.
A declaração foi feita em entrevista ao programa CB.Poder, parceria do Correio com a TV Brasília, nesta terça-feira (15/10). De acordo com o secretário, apesar de já ter o processo de privatização da companhia energética mais adiantado, o GDF avalia que o seja concluído apenas próximo ano. Além disso, o governo se prepara para enfrentar resistência dos funcionários da companhia.
“A CEB já decolou. Não acredito que seja feito esse ano ainda, mas até meados do ano que vem nós estaremos com o leilão da CEB certo. O processo de privatização não é simples, é complexo. Você chegar a modelagem de venda, a precificação, a qual é o método de precificação que você vai usar, isso tudo exige uma série de consultorias que o BNDES não faz sozinho”, disse. “Além disso, geralmente as corporações reagem com muita ênfase ao processo de privatização. Então, o governo tem que estar preparado, porque é um processo que faz parte da democracia, mas pode atrasar a privatização”, concluiu.
Por outro lado, o secretário não descartou a possibilidade de participação de funcionários em parte das ações na venda da empresa. Além disso, o GDF ainda será detentor de 49% das ações da empresa, tornando-se um acionista secundário.
Investimentos
O secretário aproveitou a entrevista para dizer como a pasta tem trabalhado para auxiliar no problema de desemprego do DF. E ressaltou que a verba gerada com a venda das estatais pode aliviar a situação econômica em outros campos.
“Esses recursos têm de ser aplicados em saúde, educação e segurança. Obviamente, são os três pontos nevrálgicos, mas também e principalmente em infraestrutura. Com relação a geração de empregos, nós mandamos para a Câmara Legislativa um projeto de lei da criação do programa Desenvolve DF, que amplia o acesso a imóveis da Terracap e regulariza os empreendimentos.”
Com a aprovação do projeto, o GDF espera gerar cerca de 60 mil empregos regularizados e assim reduzir a taxa que atualmente bate os 300 mil desempregados.
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