ISA STACCIARINI
O principal assessor da presidente afastada da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão (PPS), pediu para ser exonerado do cargo de secretário legislativo. A saída de Sandro de Morais Vieira foi publicada no Diário da Câmara Legislativa nesta terça-feira (30/8). Ele assumiu um cargo especial no gabinete do Bloco Popular Solidário Social.
Sandro recebia remuneração de R$ 11.928,92 no cargo de secretário legislativo, segundo demonstrativos de julho. Ele é servidor do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e foi acusado pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT) de ter retirado computadores de gabinetes da Casa na véspera da Operação Dracon. Sandro nega ter interferido nas investigações. Em 23 de agosto, ele publicou uma nota de esclarecimento em que garantiu não ter retirado computadores nem qualquer outra prova da Câmara.
O assessor de Celina tem, ainda, o nome envolvido em outros escândalos políticos. Em 2005, na CPI da Educação, Sandro era assessor da deputada Eurides Brito e chegou a ser indiciado por indícios de sonegação fiscal e crimes contra a ordem tributária. De acordo com o relatório final produzido em junho de 2006, havia existência de outros crimes após análise dos documentos de quebra de sigilo bancário, mas eles foram encaminhados ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).