Panatenaico - pagamento de propina - prorrogação das prisões
#Operação Paratenaico prende ex-governadores do DF Crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press Panatenaico - pagamento de propina - prorrogação das prisões

Arruda, Filippelli e outros quatro investigados da Panatenaico devem ser soltos ainda hoje

Publicado em CB.Poder

 

ANA VIRIATO E ISA STACCIARINI

Ex-secretário especial da Copa do Mundo e apontado como emissário de propina de Agnelo Queiroz, Francisco Cláudio Monteiro obteve, na tarde desta quarta-feira (31/05), habeas corpus e será solto a qualquer momento. “Não há provas contra Cláudio Monteiro. Não há nenhuma comprovação de que ele tenha praticado peculato, corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro. Esses elementos que atribuíram ao inquérito não existem. Como ele é inocente, a decisão foi acertada”, alegou o defensor de Cláudio Monteiro, Marcelo Diniz.

O provimento à liminar está na decisão do desembargador federal Néviton Guedes, que, mais cedo, havia liberado o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e outros três alvos das investigações da pisão temporária.

Os outros cinco investigados impetraram habeas corpus nesta quarta-feira e devem ser soltos ainda hoje. São eles: o ex-governador José Roberto Arruda (PR), o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), além dos supostos operadores de propina Jorge Luiz Salomão, Sérgio Lúcio Silva de Andrade e Afrânio Roberto de Souza Filho. A assessoria de imprensa do Tribunal Regional Federal da 1ª Região informou que o desembargador Néviton Guedes deve decidir sobre os recursos ainda nesta quarta-feira.

Panatenaico apura rombo

De acordo com as delações da Andrade Gutierrez, Francisco Cláudio, beneficiado pela decisão do desembargador federal, recebeu R$ 250 mil em propina a pedido de Agnelo Queiroz.

A Operação Panatenaico investiga um rombo de R$ 1,3 bilhão aos cofres da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) em decorrência das obras do Estádio Nacional Mané Garrincha. Estima-se que a construção da arena esportiva tenha sido superfaturada em R$ 900 milhões. Há indícios de prática dos crimes de formação de cartel, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, formação de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.