Candidato à presidência da OAB-DF, o advogado Paulo Maurício Siqueira, o Poli, pediu o licença do cargo de secretário-geral da seccional durante o período de campanha.
O requerimento foi apresentado nesta tarde (14). Segundo a assessoria do candidato, o pedido foi protocolado antes do ingresso da representação da assessoria da advogada Cristiane Damasceno, pré-candidata à OAB-DF.
Na representação, Cristiane pede o afastamento de Poli da secretaria-geral e de Délio Lins e Silva Júnior da presidência da seccional. O motivo seria manter a transparência, neutralidade e imparcialidade no processo, uma vez que os dois são candidatos no pleito.
Poli tem uma trajetória de 22 anos de advocacia, dos quais mais de 18 anos de atuação na Ordem, integrou e presidiu comissões, foi conselheiro seccional, diretor-tesoureiro e ocupa a secretaria-geral desde 2022.
Segundo a assessoria do candidato, o edital da Ordem não determina a desincompatibilização, mas Poli prefere se afastar para garantir a lisura do processo e evitar qualquer questionamento de decisões administrativas da OAB-DF durante a campanha. “Reafirmo o meu compromisso com as minhas convicções democráticas de que esse é o caminho mais apropriado para a tranquilidade do pleito, garantindo a liberdade de escolha e a independência de influências políticas sem causar qualquer prejuízo do ponto de vista administrativo para a presente gestão que ainda não se encerrou. Esse é um compromisso que trago comigo e do qual não abro mão”, explica Poli.
Poli toma a decisão a exemplo do presidente da OAB-DF, Délio Lins, que se afastou do cargo na última campanha ao concorrer à reeleição. Nesta campanha, Délio permanecerá na presidência. “Não vou me afastar do cargo porque não sou candidato à presidência da OAB-DF. O candidato Poli já protocolou o pedido de licença na tarde desta segunda-feira (14), um padrão que já faz parte da atual gestão. Na eleição passada também me afastei para preservar a lisura da campanha”, afirmou Délio.
O presidente da OAB-DF acrescenta: “Não há qualquer regra no sistema OAB que obrigue o afastamento de ninguém. Até porque vários ocupantes de cargo são candidatos.
Como não sou candidato a presidente e fui eleito para conduzir a OAB por três anos, honrarei a confiança que me foi depositada”.
Délio ainda questionou a atitude da assessoria de Cristiane Damasceno: “Muito me estranha um pedido desse vindo da doutora Cristiane que no pleito passado assumiu a presidência no meu lugar durante todo período eleitoral e concorria ao mesmo cargo que concorro hoje, de conselheira federal”.
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