Passe livre custou ao GDF R$ 300 milhões em 2019

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Coluna Eixo Capital/Por Alexandre de Paula

O GDF gastou, até agora, R$ 300 milhões, em valores liquidados, com a concessão de passe livre no sistema de transportes da capital. Os números, disponíveis no Portal da Transparência, já levam em conta parte dos gastos contabilizados em outubro de 2019. O alto custo de manutenção do benefício motivou o governo, no início da gestão, a tentar emplacar na Câmara Legislativa um projeto de lei que restringia a concessão da gratuidade a estudantes de escolas públicas e a alunos da rede privada com renda familiar de até quatro salários mínimos, além de bolsistas e beneficiários de programas sociais. A estimativa era de economia de R$ 115 milhões anuais com as alterações. A proposta gerou polêmica e empacou na Casa. Por fim, o GDF retirou o projeto de tramitação diante das reclamações. A ideia de articular alguma saída que promova a redução desse gasto, no entanto, continua viva no governo.

Ruptura

Nas últimas semanas, o governador Ibaneis Rocha (MDB) adotou um discurso pesado contra os antecessores no Palácio do Buriti. Ao falar sobre saúde, o emedebista fez questão de afirmar que encontrou a área sucateada e chegou a dizer que a população do DF escolheu mal os representantes nas duas eleições antes dele. Nesta semana, voltou a subir o tom ao discursar para servidores e dizer que o funcionalismo foi abandonado pelas gestões passadas. A ideia parece ser a de se afirmar como uma ruptura em relação ao passado, discurso que pegou durante as eleições, e fortalecer a impressão de que, em comparação com os antecessores, o atual governo faz muito.

Frente parlamentar da construção civil

Distritais formarão uma frente parlamentar para defender os interesses da construção civil e dos profissionais da área na Câmara Legislativa. A proposta foi protocolada pelo deputado Roosevelt Vilela (PSB). Entidades representativas do setor, como o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF) e a Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), apoiam a iniciativa, que será lançada oficialmente nas próximas semanas.

Promotor do DF na Anatel

O promotor Paulo Roberto Binicheski, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), foi escolhido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para compor o Comitê de Defesa dos Usuários de Serviços de Telecomunicações (CDUST) da instituição. Ele é titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) e vice-presidente da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON).

CPI do Feminicídio

Depois da pressão de movimentos de mulheres no Plenário da Câmara Legislativa, foram escolhidos os nomes que comporão a CPI do Feminicídio, criada para investigar as origens e possíveis soluções para o problema no DF. Participam do grupo Arlete Sampaio (PT) e Fábio Felix (PSol), que propuseram a comissão, Telma Rufino (Pros), Hermeto (MDB) e Cláudio Abrantes (PDT).

Novo tomógrafo

Emenda impositiva do deputado federal Julio Cesar (Republicanos-DF) garantirá um novo tomógrafo para Hospital de Base. O parlamentar destinou R$ 2,6 milhões para a compra do aparelho, que será utilizado no setor de radioterapia da unidade de saúde. Atualmente, o Base é gerenciado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal.

“Quem mandou matar Marielle?”

Manifestantes se reúnem na Rodoviária do Plano Piloto hoje, às 16h58, para cobrar respostas nas investigações do assassinato da ativista e vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, morta em março de 2018. O protesto ocorre em meio à polêmica que envolve o presidente Jair Bolsonaro (PSL). O porteiro de um condomínio em que Bolsonaro tem casa no Rio de Janeiro afirmou que o presidente teria autorizado a entrada no local de um dos envolvidos no crime no dia do assassinato. Registros da Câmara dos Deputados, no entanto, mostram que Bolsonaro estava, à época, em Brasília. Além disso, áudios comprovam que o funcionário não ligou para a casa de Bolsonaro no dia do crime. O horário do ato — 16h58 — faz referência ao número da residência de Bolsonaro no condomínio, 58.

Mamografia para todas

A senadora Leila Barros (PSB-DF) atuou na articulação para aprovar, no Senado, um projeto de decreto legislativo que garante a realização de mamografias para mulheres com mais de 40 anos no Sistema Único de Saúde (SUS). Leila foi relatora do texto na Comissão de Assunto Econômicos (CAE). A proposta susta uma portaria do Ministério da Saúde que determina que o foco desse tipo de procedimento sejam pacientes entre 50 e 69 anos. A matéria segue agora para avaliação da Câmara dos Deputados.

Só papos

“O desabafo de um Presidente. Inacreditável o cerco a Jair Bolsonaro”

Bia Kicis (PSL-DF), deputada federal, em referência ao vídeo em que o presidente contesta o envolvimento com suspeitos do assassinato de Marielle Franco

“É assustador o vídeo gravado por Jair Bolsonaro para responder às denúncias. Um show de vitimismo, violência e ameaças. É horroroso ver nosso país governado por esse poço de desqualificação”

Fábio Félix (PSol-DF), deputado distrital

Alexandre de Paula

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