Dois partidos esperam conquistar espaço na Câmara Legislativa em 2018, embalados por bons resultados nas eleições municipais. O Novo, criado em 2015, conseguiu eleger vereadores em importantes capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, mesmo sem fazer coligações e com pouquíssimos recursos. Na capital paulista, a sigla teve 140 mil votos. Na semana passada, representantes da legenda no DF procuraram o Ministério Público Federal para pedir uma investigação sobre as ocupações de escolas. O comando do partido é contra o movimento por acreditar que os protestos dentro dos colégios causam prejuízos à educação. A atuação foi uma forma de se posicionar diante do eleitorado e começar a mostrar as bandeiras do grupo. O Partido Novo ainda não tem nomes fechados para a eleição de 2018, mas já começou a prospecção para definir seus candidatos a distrital e não descarta a participação nas majoritárias.
Psol busca ocupar vácuo na esquerda
Outra sigla que aposta todas as fichas nas eleições de 2018 é o Psol. O partido conseguiu aumentar o número de vereadores e chegou ao segundo turno na disputa pela prefeitura de capitais, como o Rio de Janeiro. A aposta dos filiados à legenda é que o Psol tem potencial para ocupar o vácuo na esquerda gerado pela crise no PT, especialmente com candidaturas posicionadas com a bandeira dos direitos humanos e dos direitos LGBT. Em 2014, o Psol teve 19.853 votos, entre os de legenda e os nominais, e ficou longe de alcançar o quociente eleitoral. Os candidatos mais bem-sucedidos foram Maninha, com 6,6 mil votos, e Fábio Félix, com 6,2 mil. Desta vez, a tendência é que Toninho do Psol dispute um mandato na Câmara Legislativa, alavancando os resultados do partido. Félix também tentará conquistar um mandato novamente.