O que Jofran Frejat (PR) e Rodrigo Rollemberg (PSB) têm em comum? Eles querem se enfrentar no segundo turno. Um acha que vence o outro e ambos querem limpar o campo, deixando os adversários nas eliminatórias, para o duelo no segundo turno.
Por isso, os inimigos a combater agora são comuns, a ex-deputada Eliana Pedrosa (Pros), o deputado Izalci Lucas (PSDB) e Peniel Pacheco (PDT). Correm por fora Alexandre Guerra (Novo), Fátima Sousa (PSol), o general Paulo Chagas (PRP) e o candidato que o PT deve lançar. Assim, os ataques entre os dois favoritos devem ficar para mais tarde.
Reedição da polarização
Essa é uma estratégia que existe desde os tempos em que o PT e o grupo rorizista polarizavam as disputas eleitorais no Distrito Federal. Era bom para os dois campos. Ninguém conseguia crescer como alternativa. O próprio Rollemberg tentou concorrer nas eleições de 2002, quando o então governador Joaquim Roriz disputou, e venceu, a eleição com Geraldo Magela (PT).
Foi um Fla X Flu entre Roriz e o petista, definido por uma diferença de apenas 25.585 votos. Rollemberg não conseguiu emplacar como terceira via. Ficou em quarto, com 6,79% dos votos. José Roberto Arruda também tentou em 1998, no embate entre Cristovam Buarque, então governador do PT, e Roriz, que também saiu vitorioso, com 36.230 votos a mais, o correspondente a apenas 3,48%. Arruda terminou a eleição com 17,84%.
Recordações
Para quem não se lembra, o pedetista Peniel Pacheco, agora pré-candidato do PDT ao GDF, foi vice na chapa de José Roberto Arruda, então no PSDB, quando ele tentou chegar pela primeira vez ao Palácio do Buriti, em 1998. Na época, Peniel era tucano. Os dois sempre foram muito afinados politicamente e Peniel exerceu o cargo de secretário de Justiça e Cidadania no governo Arruda.