Entre os oito deputados que integram a bancada do Distrito Federal, os motivos para votar contra e a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último domingo, variaram de críticas ao desemprego, aos desvios de recursos e homenagens à família, à Constituição e até à paz em Jerusalém. Veja como cada um justificou seu voto:
Alberto Fraga (DEM)
Se 342 votos eu tivesse, 342 votos eu daria para salvar o País dessa corrupção, dessa ladroagem que se chama PT. O meu voto é “sim”.
Augusto Carvalho (SD)
Em respeito à Constituição Brasileira que ajudei a escrever em 1988, em respeito à opinião do povo do Distrito Federal e do País, voto “sim”, contra a corrupção, contra a dilapidação das empresas estatais e dos fundos de pensão e a favor de um novo tempo.
Érika Kokay (PT)
Por não haver saída fora da democracia; em homenagem ao povo brasileiro, que carrega as marcas de ausência de democracia na pele e na alma; contra a corrupção, que está sentada na Presidência desta sessão; contra o golpe e a traição; em defesa dos direitos e em defesa da democracia, eu voto contra o golpe, eu voto “não”.
Izalci Lucas (PSDB)
Em respeito à Constituição; em homenagem à minha família e aos meus eleitores; em homenagem ao aniversário da minha cidade — 56 anos da Capital da República; em homenagem ao povo brasileiro, voto “sim”.
Fora, Dilma! Impeachment já!
Laerte Bessa (PR)
Desculpe-me o PR, meu partido, mas, pela minha mãezinha, Melanie, pelas minhas três filhas, pelo meu neto e pelo Brasil, eu voto “sim”. E que o Brasil esteja comprometido com a segurança pública! Fora, PT!
Rogério Rosso (PSD)
Meus pais, desde cedo, ensinaram a mim, ao meu irmão e à minha irmã que ninguém nessa vida é melhor do que ninguém. Em homenagem ao ordenamento jurídico brasileiro, que permite a ampla defesa; em homenagem ao Estado Democrático de Direito, que nos permite estar aqui democraticamente; em homenagem à harmonia e à independência entre os Poderes, pilar fundamental do nosso sistema; em homenagem ao povo do DF, que recebe todos, sempre, de braços abertos; e à minha família, o meu voto é “sim”.
Ronaldo Fonseca (Pros)
Sem medo de ter esperança e com a convicção de que a Constituição Federal ampara esta Câmara dos Deputados; pelo povo brasileiro; pelo Distrito Federal; pela nação evangélica e cristã e pela paz de Jerusalém, eu voto “sim”.
Roney Nemer (PP)
Para que as famílias do Distrito Federal, do entorno e do Brasil voltem a sonhar, voltem a acreditar na geração de emprego, voltem a acreditar que o País tem jeito, eu voto “sim”, pelo impeachment.