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Operação “In rem suam”: médico do Iges-DF é suspeito de desviar equipamentos da rede pública do DF

Publicado em CB.Poder

ANA MARIA CAMPOS

Foi deflagrada, nesta manhã (03/06) a Operação “In rem suam”.  O objetivo é investigar suspeita de desvio de equipamentos hospitalares da Secretaria de Saúde por um grupo liderado por médico ocupante de cargo de direção no Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF).

 

As investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Distrito Federal apontam que o médico pode ter-se aproveitado do período de pandemia para desviar equipamentos, principalmente respiradores, essenciais no tratamento de pacientes graves de covid-19, e revendê-los a particulares e ao próprio Governo de Distrito Federal.

 

Ainda de acordo com as investigações, o esquema era feito por meio de uma empresa que oferecia os equipamentos ao poder público para aquisição por meio de contratos emergenciais autorizados em razão da pandemia.

 

Na ação coordenada pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com apoio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), há indícios de que tenham sido praticados os crimes de peculato e advocacia administrativa.

 

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas residências dos supostos envolvidos e nas sedes do Iges-DF e da empresa, uma importadora de produtos hospitalares situada no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).

 

O nome da operação “In rem suam” é uma referência ao termo jurídico que significa em causa própria.

 

O Iges-DF divulgou nota em que afirma estar cooperando com as investigações: Veja a íntegra:

 

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) esclarece que está colaborando com as autoridades nesta quarta-feira (3/6).

O IGESDF reforça que a gestão é pautada pela transparência, não tolera irregularidades e todos os dados necessários serão repassados à equipe que conduz a operação.

Ressalta, ainda, que não adquiriu insumos ou equipamentos com as empresas investigadas.