Aos poucos, a composição do novo secretariado de Rodrigo Rollemberg (PSB) começa a se desenhar. Com a ida de Marcos Dantas para a Secretaria de Mobilidade, o atual chefe da pasta, Carlos Tomé, deve se tornar o chefe de gabinete do governador. Rômulo Neves, que está no cargo atualmente, pode assumir alguma diretoria na Terracap ou em outra empresa estatal.
Uma supersecretaria de questões sociais, que englobaria Desenvolvimento Social, Trabalho, Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos, deve ser criada. A pasta já tem endereço: ficaria na cota do PDT. O distrital Reginaldo Veras foi convidado para o posto, mas recusou. Rollemberg aguarda uma reposta de Joe Valle, a quem também foi oferecido o comando do novo órgão. Se Valle recusar, outro nome possível seria o do presidente regional da sigla, Georges Michel. Mas, como ele foi secretário no início do ano e já deixou o governo, não aceitaria voltar, principalmente por causa dos desentendimentos em relação ao Memorial de João Goulart — ele era a favor, mas o GDF vetou a construção da estrutura no Eixo Monumental.
Assim, ganha força o atual secretário do Trabalho, Thiago Jarjour. Por ele ser jovem, no entanto, o PDT calcula se seria a melhor indicação. “Ele é muito bom, muito capacitado, mas talvez seria muito poder e ele correria o risco de se queimar. É a mesma coisa que botar uma joia da base para jogar a final da Copa do Mundo”, compara um pedetista. Uma saída seria chamar alguém ligado ao PDT nacional, como o atual superintendente Regional do Trabalho, Miguel Nabuco.
Com Desenvolvimento Social nas mãos dos trabalhistas, hoje chefiada pelo socialista Marcos Pacco, o PSB perderia espaço no primeiro escalão. Para acalmar o partido, Rollemberg deve nomear como secretário adjunto da Casa Civil e responsável pela relação com a Câmara Legislativa o administrador de Brasília, Igor Tokarski. No lugar dele deve ficar, interinamento, o chefe de gabinete do órgão.
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