Novo affair de Barroso

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Coluna Eixo Capital publicada em 8 de setembro de 2024, por Ana Maria Campos

O presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, 66 anos, estava acompanhado, no desfile do 7 de Setembro, da nova namorada, a procuradora da Fazenda Nacional Rita Dias Nolasco, doutora em direito pela PUC-SP. O magistrado ficou viúvo em janeiro de 2023, de Tereza Cristina Barroso, com quem teve dois filhos em 27 anos de relacionamento. Meses depois apareceu com uma namorada, a juíza Carmen Silvia Arruda. Rita, o novo affair, 47 anos, é cofundadora do projeto Mulheres no Processo.

Deputados participam na Paulista do 7 de Setembro

Enquanto o presidente Lula participava do 7 de Setembro em Brasília, ao lado do ministro Alexandre de Moraes, considerado inimigo dos bolsonaristas, os deputados distritais Joaquim Roriz Neto e Roosevelt Vilela, ambos do PL, viajaram juntos a São Paulo ontem para a festa na Avenida Paulista, proposta pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Roriz Neto, que é líder do PL na Câmara Legislativa, destacou que foi um dia para celebrar a pátria ao lado de seu grupo político. “Vamos juntos por um país livre, democrático e sempre defendendo as cores da Nação. A nossa bandeira jamais será vermelha”, afirmou. O deputado Thiago Manzoni (PL) também acompanhou a manifestação em São Paulo, ao lado de bolsonaristas, como a deputada federal Bia Kicis (PL-DF).

No palanque

O governador Ibaneis Rocha (MDB) estava no palanque das autoridades federais no desfile da Esplanada dos Ministérios, onde trocavam ideias o presidente Lula, o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, e o ministro Alexandre de Moraes. Ibaneis foi ao evento acompanhado da primeira-dama, Mayara Noronha Rocha, e do filho caçula, Mateus.

Mudanças no Coaf podem dificultar compartilhamento de dados para combate ao crime organizado

A delegada da Polícia Federal Silvia Amélia Fonseca de Oliveira assumiu em maio o cargo de diretora de Inteligência Financeira do Conselho de Atividades Financeiras (COAF) e promoveu várias mudanças na equipe. Desarticulou um grupo de policiais federais experientes nas investigações sobre o crime organizado, liderado por João Carlos Coelho, funcionário aposentado do Banco do Brasil. Os policiais federais da equipe de João Carlos voltaram para o órgão de origem, justamente num momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que o compartilhamento de dados financeiros pode ocorrer de forma espontânea pelo Coaf ou a requerimento da autoridade policial. Esse entendimento facilita o intercâmbio de informações importantes para desvendar crimes de lavagem de dinheiro. Por esse motivo, as mudanças realizadas por Silvia Amélia desagradaram policiais e integrantes do Ministério Público. Agora Silvia Amélia também deixou o Coaf e foi substituída no cargo pelo marido, Marcelo Henrique de Ávila, que pertence aos quadros da Receita Federal. No fim do ano, com a chegada de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central, novas mudanças devem ocorrer no Coaf.

Madrinha da causa animal

Além da pauta feminina, a vice-governadora Celina Leão (PP) virou madrinha da causa animal. Ela já havia indicado o secretário de Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes. Agora a pasta foi desmembrada e o Executivo conta com a secretaria extraordinária de Defesa de Proteção Animal. O novo titular da pasta, o delegado da Polícia Civil do DF Ricardo Mendes Villafane Gomes, foi um indicação do deputado distrital Daniel Donizet (PL), mas já vinha trabalhando na mobilização política de Celina e, inclusive, estava lotado na vice-governadoria. A nova secretaria mantém também o vínculo financeiro e orçamentário com a de Meio Ambiente. Portanto, a subordinação para liberação de recursos permanece sob o crivo de Celina.

Homenagem em Salamanca

O desembargador federal aposentado Antônio de Souza Prudente vai proferir uma palestra sobre direitos humanos no XVIII Congresso da História dos Direitos Humanos na Universidade de Salamanca, na Espanha. No evento, que ocorrerá entre 19 e 21 de setembro, Prudente será palestrante e homenageado.

Vistoria

O procurador distrital dos Direitos do Cidadão, José Eduardo Sabo Paes, vistoriou toda a estrutura montada para receber o público no 7 de Setembro. Ele tem feito um trabalho importante nos cuidados com espaços públicos.

Mandou bem

O presidente Lula adotou medida acertada ao exonerar o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A pasta não comporta um titular acusado de assédio sexual.

Mandou mal

Satélites detectaram 38.266 focos de incêndio na Amazônia em agosto. Foi mais que o dobro do registrado em 2023 e o maior número do mês desde 2010.

Só papos

“As falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram ‘denunciação caluniosa’. Tais difamações não encontrarão par com a realidade. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso”

Silvio de Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos

“Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência”

Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco

Enquanto isso…

Na sala de Justiça

Dados do Sistema de Audiência de Custódia (Sistac) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que mais da metade (53,6%) das pessoas presas em flagrante responde por crimes patrimoniais ou relacionados a drogas — que inclui tráfico, associação para o tráfico, porte/uso de drogas e outras tipificações. Já no recorte por raça, pessoas negras correspondem a 64,3% dos presos em flagrante, enquanto a população branca representa 35%.

À QUEIMA-ROUPA

Professora Fátima Sousa, candidata à reitoria da UnB. No segundo turno, a ex-diretora da Faculdade de Saúde apoiou a chapa liderada pela Professora Rozana Naves

Na sua opinião, por que a chapa liderada por Olgamir Amancia, que teve o apoio da reitora Márcia Abrahão, acabou sendo derrotada?

Não diria que houve uma derrota. A comunidade universitária, em seus três segmentos, se manifestou de forma unânime na rejeição da continuidade de uma gestão de 8 anos, da qual a professora Olgamir é parte integrante. Fizemos um bom debate.

Acha que a comunidade universitária queria renovação?

Nas visitas às unidades, debates e rodas de conversa, ficou nítido o desejo de mudanças. As urnas, tanto no primeiro quanto no segundo turno, foram claras ao registrar 64,98% dos votos nas chapas 99 e 93, especialmente entre os técnicos administrativos. Logo, a comunidade quis a renovação a partir das propostas que apresentamos, reafirmando os valores de uma universidade humanista, democrática, acolhedora e plural, elementos essenciais para a formação de uma ciência cidadã, inovadora e socialmente atenta ao desenvolvimento socioeconômico integrado e sustentável do Distrito Federal, da região e do Brasil.

O apoio de petistas atrapalhou Olgamir?

Não necessariamente. Outros partidos, sindicatos, parlamentares e figuras públicas também apoiaram a professora Olgamir. Mas a decisão não passava por eles, mas sim, interna à nossa comunidade acadêmica.

Por que a sua chapa optou por apoiar a professora Rozana Naves?

Essa não foi uma decisão minha e do professor Paulo Celso. Somos um coletivo horizontal, no qual todos têm protagonismo na definição de nossas posições, logo, respeitamos os votos de oposição que nos foram dados.

O que muda na UnB?

A alternância de poder é saudável, reforça a democracia e coloca novos sujeitos em cena, apontando para outros e novos rumos. E ainda, a perspectiva de uma universidade plural, onde o diálogo interno seja democrático e participativo, reforçando a integração nos quatro câmpus e estes, atentos às reais necessidades da sociedade.

O que vocês vão cobrar?

A cobrança não é uma boa relação. O coletivo da chapa 99 apresentou uma Carta Compromisso que expressa vários pontos presentes em nossos eixos programáticos, construídos a partir da escuta da comunidade acadêmica. E a professora Rozana os reafirmou, ao assinar a referida Carta. Logo, compromisso não se cobra, cumpre-se. Nesse sentido, continuaremos cumprindo nossa missão institucional com a UnB no dia a dia, por meio de nossas atividades no ensino, pesquisa, extensão e gestão. É o que a sociedade espera de nós e é esta responsabilidade que nos alimenta, nos inspira e nos fortalece cotidianamente: honrar o legado democrático e intelectual de Anísio e de Darcy. Viva a UnB que imaginamos e que queremos.

Jaqueline Fonseca

Subeditora do Correio Braziliense. Especialista em jornalismo investigativo com dez anos de experiência em cobertura de política, economia, judiciário e Cidades.

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