Oposição durante as eleições e bem próxima a Ibaneis, nova administradora do Plano Piloto revela os planos para a cidade

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Ilka Teodoro
Administradora do Plano Piloto

Você foi candidata a deputada distrital pelo PSol e foi convidada para compor o governo Ibaneis. Para aceitar, teve de se desfiliar… Como foi esse convite?

Há uma deliberação no partido de que faria oposição e não aceitaria que nenhum filiado participasse do governo. Fiz a desfiliação. Tenho uma relação pessoal com o governador. Nos conhecemos há muito tempo, cerca de 10 anos, e fiz campanha e participei da gestão dele na OAB/DF, como conselheira. Presidi as comissões da Mulher Advogada e de Seleção e fui secretária-adjunta da Fundação de Assistência Judiciária (FAJ). Isso garante uma certa relação de confiança. Mesmo assim, não esperava o convite depois de ter feito oposição a ele nas duas eleições deste ano.

Como foi essa oposição?

Integrei a chapa Ordem Democrática nas eleições deste ano da OAB/DF e, nas eleições gerais, apoiei a candidata Fátima Sousa, do PSol. O convite do governador Ibaneis foi um gesto nobre e de confiança no meu trabalho.

No segundo turno, optou por Ibaneis Rocha ou Rodrigo Rollemberg?

Prefiro não declarar meu voto. O voto é secreto.

Já começou a trabalhar?

Inicialmente, abri as portas da administração para ouvir a comunidade. Sou síndica do meu bloco na 203 Sul. Agora estou conhecendo as demandas do Plano Piloto, que é uma região grande, além das asas Sul e Norte.

Qual é a principal demanda da população do Plano Piloto?

São várias: segurança, iluminação, poda de árvores, recolhimento das podas, recolhimento do lixo orgânico, substituição de espécies exóticas por nativas, uma melhor urbanização, transporte… Há também uma demanda específica por acessibilidade. Tudo precisa de um olhar mais atento e uma ação coordenada.

O administrador tem poder para resolver esses problemas?

O administrador não tem esse poder, mas a gente pode fazer a articulação com outros órgãos, como a Novacap, o SLU, a Secretaria de Obras, a Secretaria de Transportes. O administrador é um prefeito, um grande síndico. Podemos fazer essa mediação com os órgãos do governo.

O governador Ibaneis vai empoderar os administradores para que consigam realizar esse trabalho?

Acredito que sim. Eu me senti acolhida em todas as demandas do Plano Piloto até agora.

Você tem um trabalho na defesa da Mulher. Como pode desenvolvê-lo na administração do Plano Piloto?

Todas as demandas se completam. Meu lema é a cidade das mulheres. Se for mais segura e contemplar crianças, adolescentes, idosos, deficientes, as mulheres estarão atendidas.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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