Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
A 4ª Promotoria dos Serviços de Saúde (Prosus) apura denúncia que chegou ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de que o trabalho do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) pode estar sendo prejudicado por sabotagem. De acordo com as informações que chegaram ao promotor, muitas ambulâncias ficam paradas por falta de macas. E onde estariam esses equipamentos? Retidos dentro de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). O temor é de que o sucateamento no serviço sirva como mote para a terceirização do atendimento. Para apurar essas questões, a Promotoria abriu formalmente um procedimento administrativo e busca informações e depoimentos.
O verdadeiro chefe
Um sentimento coletivo nos órgãos de fiscalização e no meio empresarial: o verdadeiro secretário de Saúde é o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Francisco de Araújo Filho. Osnei Okumoto é quase a rainha da Inglaterra.
Sobre isso, o IGES-DF divulgou a seguinte nota:
*Prezada Ana Maria Campos,*
A respeito das notas publicadas na edição de hoje (11/03), _Suspeita de Sabotagem no Samu_ e _O Verdadeiro Chefe_, consideramos importantes os seguintes esclarecimentos.
1) Retenção temporária de macas em unidades de saúde públicas é um fenômeno antigo no Brasil e não seria diferente no DF. É consequência de superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e também nos prontos-socorros dos Hospitais.
É fato que tem aumentado, significativamente, a procura por atendimento nas seis UPAs do DF depois que o IGESDF implementou reformas, regularizou o abastecimento de insumos, garantindo melhorias substanciais em todas elas. Os pacientes chegam aos prontos-socorros e UPAs em estado grave ou de urgência e precisam de atendimento imediato.
Devido à superlotação, muitas vezes ficam retidos nas macas das ambulâncias até que possam ser acolhidos em macas das unidades de saúde ou nos leitos. Esse fenômeno não está vinculado à ilação de suposta sabotagem ou boicote a qualquer órgão, instituição ou prestação de serviço. Isso não e verdadeiro.
2) O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) faz parte do sistema de saúde pública do DF e trabalha em sintonia e de forma harmônica com a Secretaria de Saúde. O instituto está vinculado à SES por meio de contrato e pelo Conselho de Administração do IGESDF, que é presidido pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto.
Em tempo, só para ilustrar o recorrente fenômeno da superlotação, informamos que hoje (11/03), por exemplo, o Hospital de Base – referência em Traumatismo, Oncologia, Cardiologia e Neurologia – está com 171 pacientes no pronto-socorro, quando a capacidade é para 68 pacientes. Muitos deles estão fora do padrão de referência do HB, o que prejudica o atendimento para pacientes vítimas de traumas neurológicos, câncer e doenças cardíacas.
É importante divulgar e esclarecer a população sobre a correta procura pelas unidades de saúde da rede pública. Pacientes com sintomas de febre, dores de cabeça ou dores no corpo, com provável suspeita de dengue ou mesmo de coronavírus, devem procurar o primeiro atendimento nas Unidades Básicas de Saúde.
Pacientes nessas condições que, porventura, possuam doenças crônicas podem, exclusivamente em função dessa peculiaridade, procurar atendimento nas UPAs e nas unidade hospitalares regionais.
Atenciosamente,
*Assessoria de Comunicação do IGESDF*
As visitas e o papa
Medida adotada como forma de conter a disseminação do coronavírus, a portaria da Secretaria de Saúde proibindo contatos de parentes com pacientes com Covid-19 nos hospitais do DF saiu justamente no dia em que o papa Francisco recomendou que os padres visitem os doentes com o novo vírus. Doentes precisam de apoio, mas o coronavírus é cruel e o potencial de contágio ainda é incerto. O próprio papa foi acometido de uma gripe fortíssima e houve rumores, não confirmados, de que teria sido infectado.
Diretamente
O governador Ibaneis Rocha tem se envolvido pessoalmente nas questões relacionadas à contenção da disseminação do coronavírus no Distrito Federal.
Invasão de turistas
Em postagem nas redes sociais, a advogada de 52 anos que está infectada com coronavírus mostra imagens de suas viagens à Europa. Em fevereiro, ela esteve no Reino Unido. Passou por Londres, Liverpool, Belfast, Dublin, Oxford, Cambridge, Stratford-upon-Avon, a cidade de Shakespeare, e o País de Gales. Num dos comentários, disse que Oxford tinha sido invadida por turistas. Assim que retornou ao Brasil, em 25 de fevereiro, os primeiros sintomas de Covid-19 começaram. Estava acompanhada do marido, também advogado, de 45 anos, alvo da ação da decisão judicial que determina uma quarentena até que o resultado do exame para coronavírus descarte a infecção.
30 mil
Os prognósticos do Ministério da Saúde é de que 30 mil pessoas desenvolvam Covid-19 nos próximos meses no país. Mas a avaliação é de que, para muita gente, o coronavírus vai passar como uma gripe leve. Só o tempo dirá.
Novo contra reajuste
O Partido Novo foi a única legenda a votar contra o projeto de lei que prevê 8% de recomposição salarial aos integrantes das forças de segurança do DF na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.
Guerra dos absorventes
A discussão sobre o fornecimento gratuito de absorventes higiênicos para a população carente chegou ao Distrito Federal. A Câmara Legislativa aprovou ontem projeto de lei, de autoria do deputado Fábio Félix (PSol), que determina a distribuição desses itens femininos, por meio dos Centros de Referência Especializada para População em Situação de Rua e o Serviço de Abordagem Social do GDF. O tema virou polêmica nacional depois que a deputada Tábata Amaral (PDT-SP) apresentou projeto na Câmara com esse enfoque. A deputada Marília Arraes (PT-PE) reclama de ter sido plagiada.
Sem disputa
Candidata ao Palácio do Buriti na última eleição, a professora Fátima Sousa disse ontem à coluna que não integra nenhum grupo em disputa interna em seu partido, o PSol. Fora da legenda, no entanto, ela está sendo incentivada a concorrer à reitoria da Universidade de Brasília. Fátima foi diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB.
Posse no Sindicato das Indústrias Gráficas
Antônio Eustáquio de Oliveira tomou posse ontem como presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal (Sindigraf-DF). Esse será seu quarto mandato à frente da entidade que é uma das filiadas da Federação das Indústrias do DF (Fibra). O mandato termina em 2023. Ele pretende dar continuidade a projetos do sindicato para os associados, como atividades de capacitação e gestão empresarial. João Batista Alves dos Santos é o vice-presidente.
Só papos
“Minha campanha, eu acredito pelas provas que tenho em minhas mãos, e vou mostrar brevemente, eu fui eleito em primeiro turno, no meu entender, houve fraude”
Presidente Jair Bolsonaro
“Bolsonaro, o responsável pela fraude nas eleições de 2018 foi Sergio Moro! Era Lula no primeiro turno”
Deputada distrital Arlete Sampaio (PT)
Siga o dinheiro
R$ 227.506,31
É o valor previsto em pregão eletrônico da Polícia Militar do DF para compra de medalhas.