ANA MARIA CAMPOS
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o ex-diretor do Departamento de Logística e Finanças da Polícia Militar do DF coronel Francisco Eronildo Feitosa e os empresários Rogério Gomes Amador e Clayton Gonçalves Sperandio pelos crimes de associação criminosa, do artigo 288 do Código Penal, e concussão, previsto no artigo 305 do Código Penal Brasileiro, por 10 vezes.
Alessandro Salgueiro vai responder por concussão praticada uma vez. A ação foi ajuizada nesta terça-feira (28/11), pela 2ª Promotoria de Justiça Militar e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no âmbito da Operação Mamon.
O trabalho do Ministério Público apontou a existência de esquema criminoso de cobrança de propina no departamento responsável pelos contratos da PMDF. Segundo os promotores de Justiça, a investigação comprovou que prestadores de serviços de manutenção de viaturas à PMDF eram constrangidos a pagar vantagens para receber os valores devidos pelos serviços prestados. Essas condutas caracterizam, de acordo com a denúncia, crimes de concussão e associação criminosa.
O coronel Feitosa responderá perante a Auditoria Militar do Distrito Federal. Já o processo referente aos civis envolvidos no esquema tramitará na Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras/DF. As investigações continuam em relação a outras empresas que prestam serviços à PMDF e cujos contratos eram de responsabilidade do Departamento de Logística e Finanças da PMDF. De acordo com as apurações, a cobrança de propina variava entre 10% a 15% do valor a ser pago pela Polícia Militar.