MP defende comandante da PM: “Não houve excessos”

Compartilhe

Promotor na área militar há 19 anos, Paulo Gomes é responsável, no Ministério Público do Distrito Federal, por investigar e denunciar policiais e bombeiros militares envolvidos em crimes.

Foi o responsável, por exemplo, pelas denúncias no episódio da Novacap, em 1999, quando um sindicalista morreu atingido por um tiro de arma de fogo calibre .12 disparado por um policial.

No caso da ação da PM na manifestação dos professores, no entanto, o promotor avalia que a corporação cumpriu seu dever constitucional. “Não houve falha do comando. A Polícia Militar tem a obrigação de escolher os meios necessários para desobstruir uma via”.

A queda do comandante da PM, coronel Florisvaldo César, causaria uma instabilidade na corporação?
Com certeza. Qualquer troca de comando-geral gera uma instabilidade enorme dentro da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Não pode haver uma troca por motivos políticos.

As cenas que foram exibidas na ação da Polícia Militar para conter a manifestação dos professores indicam excessos?
Até o momento, não vi nenhum excesso. Foi aberto um inquérito policial militar, mas pelo que foi visto, a Polícia Militar agiu dentro da lei, para coibir uma manifestação irregular que estava prejudicando toda a população do Distrito Federal.

Os professores e políticos, como o senador Cristovam Buarque, dizem que houve massacre, truculência e exageros. Isso ocorreu?
O inquérito policial militar vai investigar se houve excesso por parte de algum policial militar. A princípio, não há imagem de que algum professor tenha sido espancado deliberadamente numa situação que não tenha ocorrido resistência.

Qual deve ser a postura da PM em manifestações grevistas?
A Polícia Militar precisa garantir a segurança da população e dos manifestantes, além de garantir o direito de ir e vir das pessoas que não querem se manifestar. Acontece que há abusos por parte de manifestantes que estão fechando as vias do DF, prejudicando mais de 200 mil pessoas.

O comandante da PM deveria ter comunicado o secretário de Segurança de que acionaria o choque?
Na minha opinião, não houve falta nenhuma do comandante. A PM tem a obrigação de escolher os meios necessários para desobstruir uma via. A princípio, o comandante não deve explicação para o secretário de Segurança Pública.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

Publicado por
Ana Maria Campos

Posts recentes

  • CB.Poder

MPDFT denuncia ex-vice-presidente do PT-DF por exploração de menores

Coluna Eixo Capital publicada em 22 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni O Ministério…

11 horas atrás
  • Eixo Capital

Coronel da PM do DF minimizou risco em reunião antes do 8/1

Coluna Eixo Capital, publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni (interino) Um…

1 dia atrás
  • Eixo Capital

Coronel minimizou risco em reunião antes do 8/1

Coluna Eixo Capital publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni  Um áudio…

2 dias atrás
  • CB.Poder

Bug em app foi decisivo para PF obter detalhes do plano de golpe

Da Coluna Eixo Capital, por Pablo Giovanni (interino) Um relatório da Polícia Federal, que levou…

2 dias atrás
  • CB.Poder

Moraes ameaça multar presidente da CPI do 8/1 em R$ 50 mil

Texto de Pablo Giovanni publicado na coluna Eixo Capital nesta terça-feira (19/11) — O ministro…

3 dias atrás
  • CB.Poder

PF acessa celular de homem-bomba e apreende telefone de ex-companheira

Coluna publicada neste domingo (17/11) por Ana Maria Campos e Pablo Giovanni — A Polícia…

5 dias atrás