DA COLUNA EIXO CAPITAL
Uma das protagonistas da briga entre policiais militares e agentes do Detran, na noite de terça-feira (03), quando Brasília recebia a tocha olímpica, a major Cíntia Queiroz, fez um relato com exclusividade à coluna sobre o que aconteceu naquele noite.
Há 22 anos na Polícia Militar, a oficial é chefe da equipe de inteligência do Departamento Operacional da PM.
A seguir o relato:
“Naquele dia, estava trabalhando desde cedo, escalada com ordem de serviço. Acompanhei a cerimônia de passagem da tocha durante o dia e uma equipe minha trabalhava no show de encerramento.
Por volta de 19h, o coronel Pontes, comandante do CPRM, fez duas ligações se queixando dos dois agentes do Detran, que estavam alheios, no telefone e não atuando para que transeuntes atravessassem a pista com segurança.
Ficamos observando do Museu da República. Eu mesma tive dificuldade para atravessar. Eu não estava de farda por causa do trabalho na inteligência. Estava disfarçada.
E foi assim que fiz a abordagem aos agentes do Detran, como qualquer cidadã, uma pessoa do povo.
O agente F. Lucas me tratou com desdém. Eu disse: ‘Vocês não têm vergonha? Vai ter um acidente aqui’. Quando fui pegar o nome da agente, ela não gostou. Parece ter se sentido admoestada por uma pessoa da comunidade. Perguntei o nome dela e ela disse: “Meu nome é Guerreiro”.
Ela começou a tirar uma foto minha e eu disse que tiraria uma dela também. Aí ela fez menção que ia bater no meu rosto ou no celular. Foi, então, que eu a imobilizei, com uma técnica de defesa pessoal.
A partir daí, apareceram entre 20 e 30 agentes do Detran. Eu estava com mais três policiais. Nós estávamos armados. Um dos policiais sacou a arma, mas não atirou. Ficou com a arma em punho para mostrar que éramos policiais.
Apareceu, então, o agente (Márcio) Pires, do Detran, e me deu um soco na boca. Machucou.
O agente foi se explicar: ‘Não sabia que ela era policial militar’.
E eu pergunto: bater numa cidadã comum pode?
Na delegacia, nenhum agente do Detran falou sobre o soco que recebi. Um dos policiais que estava comigo disse ao agente: “Você é homem para bater em mulher e não é homem para assumir na delegacia o que você fez?’
Como agente de inteligência, agi disfarçada e foi esse o tratamento que recebi”.
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