Luiz Estevão presta depoimento - benesses na Papuda
Luiz Estevão de uniforme de presidiário Crédito: Helio Montferre/Esp.CB/D.A Luiz Estevão presta depoimento- - benesses na Papuda

Mais denúncias de benesses do empresário Luiz Estevão na Papuda

Publicado em CB.Poder

 

A Vara de Execuções Penais apura uma denúncia de que o empresário Luiz Estevão, preso no Centro de Detenção Provisória da Papuda, teria benesses na cadeia, como visitas de advogados em horários diferenciados, em relação a outros detentos.

 

“Entre as alegações feitas por servidores, consta que advogados estariam adentrando o CDP em horários especiais, bem como estariam levando com eles documentos referentes às empresas de que o sentenciado é proprietário em quantidade tão intensa que estariam monopolizando a assessoria jurídica da unidade”, justificou a juíza Leila Cury, em decisão proferida na semana passada. Ela pediu informações ao CDP, além de cópia da movimentação da entrada e saída dos advogados de Estevão desde que ele entrou na Papuda.

 

Sem direito a trabalhar

Desde que foi levado a uma solitária por infrações disciplinares, em janeiro, Luiz Estevão perdeu o direito ao trabalho interno – o que ajudaria a reduzir o tempo atrás das grades. Ele entrou com recurso contra a decisão do CDP de desclassificá-lo para receber esse benefício, mas o TJ o manteve afastado do trabalho na Papuda. Como faltam vagas para as atividades laborais dentro do presídio, cabe à direção definir quem terá direito a trabalhar. O bom comportamento é um dos critérios para ter direito à medida e a infração de Estevão foi classificada como grave. A suspensão é por tempo indeterminado.

 

Em frente às câmeras

Preso há quase 15 meses, Luiz Estevão anda com saudades dos holofotes. Tanto que pediu autorização para a entrada de uma equipe de televisão dentro da Papuda. Ele será entrevistado pelo jornalista Roberto Cabrini, do canal SBT, para um “documentário jornalístico cujo tema será a trajetória do interno”. A Vara de Execuções Penais liberou Estevão para a entrevista, mas os cinegrafistas não poderão em nenhuma hipótese filmar as estruturas do CDP e a cela do empresário. A conversa ocorrerá em uma sala da unidade, em data que ainda será marcada.