GSI
GSI Foto: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A Press GSI

Ideia de criar GSI foi apresentada a Rollemberg, que a recusou

Publicado em CB.Poder
Coluna Eixo Capital / Por Ana Maria Campos

Não é primeira vez que a ideia de extinguir a Casa Militar do DF, como anunciado pelo governador eleito Ibaneis Rocha (MDB), surge como uma proposta de reestruturação da máquina pública. O assunto chegou a ser tratado na transição para o atual governo, em 2014. Escolhido secretário de Segurança Pública e Paz Social, o sociólogo Arthur Trindade (foto), especialista em combate à criminalidade, sugeriu criar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) como forma de ampliar a atuação do órgão e equilibrar os poderes das forças de segurança. Mas o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) não topou. Como agora, a reação de policiais militares foi grande. Então chefe da segurança da campanha de Rollemberg, o coronel Cláudio Ribas, hoje na reserva, advertiu sobre o risco de uma reação entre oficiais.

Grande poder

Arthur Trindade admite que as estruturas de GSI, em geral, são comandadas por coronéis ou generais, mas avalia que essa não é uma atribuição exclusiva de militares. O ex-secretário está escrevendo um livro sobre governança, redes e segurança e dedica um capítulo sobre o poder no DF. Ele narra que a Casa Militar exerce uma grande influência na PM por meio da promoção de oficiais. Muitas vezes, o chefe da Casa Militar manda mais que o comandante-geral da corporação, avalia. Trindade, aliás, pediu exoneração em 2016 justamente numa crise com policiais militares.

Presente de fim de ano

Antes de deixar o governo, Rodrigo Rollemberg (PSB) vai promover policiais e bombeiros militares. Uma comissão estuda quem será agraciado. No segundo turno da campanha, enquanto policiais civis declararam apoio explícito a Ibaneis Rocha, grande parte da PM e do Corpo de Bombeiros votou em Rollemberg, segundo a avaliação de aliados do governador.

Novo procurador

Depois de quase quatro anos à frente do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Leonardo Bessa deixa o cargo de procurador-geral de Justiça do DF em dezembro e não volta mais para a Promotoria de Defesa do Consumidor. Ele foi promovido por merecimento a procurador de Justiça e agora passa a atuar em segunda instância. O upgrade, assinado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi publicado ontem no Diário Oficial da União.