Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
Ninguém duvida: o governador Ibaneis Rocha (MDB) terá grande influência na escolha do próximo ou da próxima chefe do Ministério Público do DF. A boa relação com o presidente Jair Bolsonaro, responsável pela nomeação a partir de uma lista tríplice, vai fazer a diferença. O mandato da atual procuradora-geral de Justiça do DF, Fabiana Costa, termina em dezembro.
De olho no processo
O auditor Marivaldo Pereira, que concorreu ao Senado pelo PSol, obteve, por meio da Lei de Acesso à Informação, uma cópia do processo que resultou na contratação da Luna Park Brinquedos para fornecimento de testes de covid-19.
Com a experiência de fiscalização, ele tem verificado pontos que considera irregulares e decisões a toque de caixa que indicam direcionamento na escolha da empresa que está sob investigação na Operação Falso Negativo.
Pressão
Após a suspensão do sindicato dos laboratórios de análises clínicas do DF (Sindilab) da Fecomércio ocorrida na última segunda-feira, como primeira fase de um processo de expulsão, grandes laboratórios associados pressionam o sindicato a solicitar em juízo que o INSS suspenda os repasses das verbas compulsórias referentes ao sistema “S” até decisão sobre possível desfiliação ou não por parte da Fecomércio.
Em casa com a família
Depois de obter uma liminar em habeas corpus, concedida pelo ministro Rogério Schietti, do STJ, o médico sanitarista Eduardo Hage, subsecretário afastado de Vigilância Sanitária, passa o fim de semana em casa com a família. Ele ficou três dias preso, sob suspeita de integrar as irregularidades relacionadas à compra de testes para covid-19. Hage Carmo é servidor público da Secretaria de Saúde do Distrito Federal há 30 anos.
Preocupação
Ao negar a liberdade do secretário afastado de Saúde, Francisco Araújo Filho, o ministro Rogério Schietti, do STJ, considerou: “gravidade ímpar dos fatos objeto das apurações e o relatado comportamento do paciente, no comando da área de saúde do Distrito Federal, supostamente desviando milhões de reais do erário e privando a comunidade local de recursos para minimizar os danos à saúde de toda a coletividade, autorizam o prognóstico de que, em liberdade, poderá ele causar abalos à ordem pública, incrementando riscos à população, tão sensível e reativa em um momento de fragilidade generalizada”.
Três novas unidades de saúde
Ceilândia, a maior cidade do DF, ganhará mais uma UPA, outra Unidade Básica de Saúde (UBS) e o primeiro Hospital Materno Infantil da região, o que beneficiará cerca de um milhão de pessoas. O administrador da região, Marcelo Piauí, e o secretário interino de Saúde, Osnei Okumoto, visitaram as obras e ações em andamento.
Química
Ao julgar a representação movida por Rodrigo Rollemberg contra Ibaneis Rocha no TSE, o ministro Alexandre de Moraes foi contundente: “A lei eleitoral existe para punir excessos, não para transformar o jogo eleitoral numa aula de química. O eleitor não precisa ser tutelado dessa maneira”. A ação foi rejeitada por unanimidade.
Mandou bem
O Corpo de Bombeiros do DF agiu rapidamente e impediu uma tragédia, ontem, quando o 5° andar do Hospital Santa Luzia pegou fogo. Pacientes foram retirados do local e, felizmente, não houve vítimas.
Mandou mal
Mais uma vez, o governo do Rio de Janeiro está envolvido em denúncias de corrupção. Nas últimas décadas, apenas dois governadores, Leonel Brizola e Benedita da Silva, não foram presos ou afastados.
Só papo
“Fui surpreendido por uma decisão monocrática, que me afastou do cargo para o qual fui eleito. Quando foi que atuei para impedir investigações? Pelo contrário, afastei acusados de irregularidades e implementamos medidas inéditas para combater a corrupção”
Governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel
“Fato: a família Bolsonaro tem interesse em influenciar e escolher quem será o próximo governador do RJ. Isso é vantajoso pra quem é investigado por corrupção. Será q a amizade entre Flávio Bolsonaro e Witzel deu uma rachadinha? Lembrando que foi o clã Bolsonaro que elegeu Witzel!”
Deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ)