Por Ana Maria Campos — Em uma cerimônia solene, o ministro Gilmar Mendes foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidad de Buenos Aires. O evento, ocorrido no histórico Salón Rojo da Faculdade de Direito, contou com a presença de renomados juristas e acadêmicos. A distinção foi entregue pelo Decano Leandro Vergara, com a Laudatio proferida pelo professor Raúl Gustavo Ferreyra. Com reconhecida trajetória acadêmica e profissional, com graduação e mestrado em direito pela Universidade de Brasília, além de mestrado e doutorado pela Universidade de Münster, Alemanha, Gilmar Mendes, professor de direito constitucional no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), tem se destacado por sua atuação em questões fundamentais para o desenvolvimento do constitucionalismo no Brasil e na América Latina. Durante a cerimônia, o ministro proferiu a lectio doctoralis intitulada Jurisdicción Constitucional de la Libertad para la Libertad, oferecendo reflexões profundas sobre a importância da jurisdição constitucional na defesa das liberdades.
Medalha para Sarney
O ex-presidente José Sarney será homenageado com a outorga da Medalha do Mérito Eleitoral do Distrito Federal a ser concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF). A cerimônia será realizada na próxima sexta-feira. Advogado e um dos maiores colecionadores de arte do país Sérgio Ronaldo Sahione Fadel também será homenageado postumamente.
Leila Barros é destaque no Prêmio Congresso em Foco
A senadora Leila do Vôlei (PDT-DF), que concorreu pela sexta vez consecutiva no Prêmio Congresso em Foco, teve sua atuação destacada em três categorias: Defesa do Clima e da Sustentabilidade, melhores do Centro-Oeste e melhores do Senado. Ela recebeu a menção honrosa na categoria Melhores do Senado, que contemplou seis parlamentares. No quesito Melhores do Centro-Oeste, Leila foi a segunda mais bem votada entre os 12 senadores da região.
Distrital quer regras para disputas femininas em concursos
Em meio à polêmica sobre embates com a participação de atletas trans, uma proposta do deputado Pastor Daniel de Castro (PP) deve abrir a discussão na Câmara Legislativa. Um projeto de lei que apresentou, e está em tramitação, estabelece que candidatas em concursos públicos da administração pública do Distrito Federal tenham o direito de concorrer em provas físicas apenas com adversárias do sexo biológico feminino. “Ao garantir a separação das candidatas em provas físicas, estamos promovendo um ambiente mais justo e inclusivo, que respeita as particularidades de cada grupo e assegura que todos possam concorrer em igualdade de condições”, justifica o distrital que protocolou a matéria na última terça-feira.
Fórum Globo de Oncologia
O deputado distrital Eduardo Pedrosa (União/ na foto, segundo a partir da esq.), presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Câncer, organizou o primeiro Fórum Globo de Oncologia, que reuniu palestrantes de todo o Brasil. O evento foi marcado por histórias emocionantes de superação e discussões importantes sobre o futuro das políticas públicas de saúde, especialmente em relação à implementação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.
Ópera inédita no DF
O Distrito Federal recebe, de 5 a 8 de setembro, a montagem inédita da ópera Zanetto, do renomado compositor italiano Pietro Mascagni (1863-1945). Zanetto transporta o público para um cenário renascentista com apenas duas protagonistas em um ato único. Esta será a primeira vez que a obra, pouco conhecida no Brasil, será encenada no país. A mezzo-soprano Carol Araujo, no papel de Zanetto, e a soprano Lívia Bergo, como Silvia, dividem o palco desta montagem sob a regência do Maestro Deyvison Miranda, que lidera uma orquestra formada especialmente para o espetáculo, com um total de 17 músicos. A direção cênica é assinada por Francisco Mayrink, um dos mais experientes diretores de ópera do Brasil, conhecido por seu trabalho em montagens de Cavalleria Rusticana. Será no Teatro Paulo Gracindo do Sesc Gama.
Palinha
Na véspera da apresentação no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o tenor Thiago Arancam comemorou sete anos de casamento com Aline Frare no restaurante Marie, na Asa Sul. O cantor lírico até deu palinha e fez uma rápida apresentação para quem estava jantando. Famoso por interpretar o Fantasma da Ópera, Arancam esteve em Brasília para a turnê “Tributo Três Tenores”, que homenageia o trio José Carreras, Luciano Pavarotti e Plácido Domingo.
Disputa pela reitoria da UnB
Nesta semana, a comunidade acadêmica da Universidade de Brasília (UnB) vai escolher em segundo turno o nome preferido para a reitoria. As professoras Rozana Naves e Olgamir Amancia estão no páreo. Veja a opinião de aliados:
Por que Olgamir?
Professor José Geraldo de Sousa, do Departamento de Direito, ex-reitor da UnB:
“A extensão é um processo que faz essa ponte entre o estudante e os compromissos com a sociedade. Mas a permanência é uma responsabilidade da direção. É preciso construir e assegurar as condições de permanência com a alimentação, que represente segurança nutritiva, com as bolsas de permanência e incentivo à pesquisa e mesmo o compromisso com projetos que são desenvolvidos na universidade. Penso que a experiência na extensão e na gestão administrativa, mas também na visão de universidade emancipatória da professora Olgamir e do professor Gustavo. É uma aliança importante para o estudantado que sabe que, aí, terá interlocução experimentada no contexto do seu engajamento na própria UnB”.
Deputado distrital Fábio Félix (PSol):
“Olgamir é uma professora com compromisso com a extensão e com a universidade pública. Ela está em todas as lutas em defesa da educação popular, em defesa de uma extensão que conecte a realidade social da cidade com a universidade. Quando o ex-presidente da República atacou a universidade pública brasileira, e especialmente a UnB, a professora também estava firme na luta contra a extrema direita, defendendo a ciência, a sociedade, nossas pesquisadoras e pesquisadores”.
Por que Rozana Naves?
Venicio Arthur de Lima, professor emérito da UnB:
“Como aposentado, acompanhei — nos últimos anos em particular — as questões relacionadas à manutenção da URP (que repões perdas salariais inflacionárias) e a criação do, até hoje inexistente, plano de saúde. Muito mais poderia ter sido feito. A alternância e a renovação de lideranças são sempre sadias nos processos democráticos, sobretudo quando se trata de professores com formação acadêmica consolidada e competência administrativa demonstrada. Reafirmo, portanto, meu apoio à chapa da professora Rozana”
Aldo Paviani, professor da UnB desde 1969:
“Na oportunidade de elegermos o novo reitor, eu quero indicar o nome da professora Rozana Naves que é uma docente da área de humanidades e que pertence ao Departamento de Letras. Para os próximos quatro anos, é necessário ter uma renovação porque antes elegemos sempre docentes das áreas de psicologia, das áreas de ciências exatas e, agora, vamos renovar com o nome da professora Rozana Reigota Naves. Por isso, eu indico fortemente o nome dela”.
Mandou bem
O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou, nessa sexta-feira, o aviso de licitação para a construção de sete novas unidades de pronto-atendimento (UPAs). O investimento será de R$ 139 milhões, e os equipamentos de saúde devem incrementar a rede de atendimento nas cidades de Água Quente, Arapoanga, Guará, Sol Nascente/ Pôr do Sol, Estrutural, Taguatinga Sul e Águas Claras. Nenhuma delas dispõe de UPA atualmente.
Mandou mal
Levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (Amies) indica que há pouco mais de 515 mil profissionais para atender a uma população de mais de 203 milhões de brasileiros, o que dá uma média de 2,54 médicos por mil habitantes. A recomendação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 3,73.
Enquanto isso… Na sala de Justiça
Os ministros do STJ não têm pressa para preencher a vaga do quinto constitucional do Ministério Público aberta com a aposentadoria de Laurita Vaz. Ao todo, 41 nomes indicados pelo MP aguardam pela eleição da lista tríplice a ser encaminhada ao presidente Lula para nomeação. As indicações chegaram ao STJ em março, mas ainda não há data marcada para a definição da lista.