ED ALVES/CB/D.A Press - 28/09/2020
Eixo Capital // Por Ana Maria Campos
A venda da CEB Distribuição vai abastecer o caixa do GDF com R$ 2 bilhões. É muito dinheiro. O negócio, fechado, ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo, estabelece o pagamento dos R$ 2,51 bilhões oferecidos pela Neoenergia numa tacada só, no início de 2021, assim que a operação receber o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O dinheiro vai para a holding que dividirá os dividendos entre os acionistas. O GDF detém 80% das ações e, portanto, fica com essa fatia da bolada.
A CEB queimou muito patrimônio antes de privatizar o setor de distribuição. Um dos últimos negócios foi a venda para a Terracap de um terreno no Noroeste com 280 mil metros quadrados, quase o tamanho do bairro inteiro. Na operação, a CEB faturou R$ 319 milhões. A Terracap prepara um novo empreendimento imobiliário na área e vai lucrar com a licitação dos lotes.
A pandemia prejudicou a CEB Distribuição. Por causa da crise, 230 mil consumidores estão inadimplentes na conta de luz. Um prejuízo de mais de R$ 100 milhões. Uma saída oferecida pela empresa é o Recupera-DF, com parcelamentos ou pagamento à vista sem juros.
A oposição sabe que a entrada de R$ 2 bilhões no caixa administrado por Ibaneis Rocha significa um reforço na popularidade do governo. Mais obras, mais investimentos, mais sensação de presença do Estado.
O momento não poderia ser mais propício em termos políticos. Depois de um ano difícil, triste por conta da pandemia, 2021 é a preparação para a disputa eleitoral. O governador Ibaneis Rocha (MDB) terá à disposição recursos bilionários para investimentos. “Infraestrutura e melhores serviços à comunidade”, afirma Ibaneis sobre a destinação dos recursos.
Cada lance no leilão de ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo, na venda da CEB Distribuição, era comemorado. Cada nova oferta aumentava o montante do negócio em R$ 15 milhões. “A cada lance, a gente dizia que era um novo viaduto”, brinca um integrante do governo que acompanhou o leilão.
Se o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tivesse aceitado privatizar empresas, o resultado da eleição de 2018 seria outro?
“Se o presidente da República pode ser reeleito uma única vez — corolário do princípio democrático e republicano — por simetria e dever de integridade, este mesmo limite deve ser aplicado aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal”
Nunes Marques, ministro do STF
“É uma vergonha esse acordo de parte do STF com parte do Congresso Nacional para permitir a reeleição dos presidentes do Senado e da Câmara. Não é correto e não é coisa de país sério. A CF é clara no seu art. 57, parágrafo quarto, proibindo. Não há margem para discussão. Uma vergonha! Meu voto é contra!”
José Antônio Reguffe (Podemos-DF), senador
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