Bares e restaurantes Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

GDF confia que sistema de saúde está preparado para impacto da retomada das atividades

Publicado em Eixo Capital
Eixo Capital – Alexandre de Paula

Praticamente o último passo no processo de reabertura das atividades comerciais, a liberação de bares e restaurantes, que têm permissão para funcionar a partir de hoje, continua polêmica. A aposta do GDF é de que o sistema de saúde está preparado para enfrentar a covid-19.

Na avaliação do Executivo, a capital chegou ao pico da pandemia e o número de casos deve começar a cair em breve. Por enquanto, no entanto, a quantidade de confirmações e mortes preocupam. Especialistas, sobretudo da Universidade de Brasília, seguem afirmando que a abertura total é um risco. Em julho, o isolamento social no DF variou entre 39% e 48%, segundo dados de geolocalização da InLoco. O impacto de novas medidas leva cerca de 14 dias para ter reflexo nos dados.

Depois da naja, deputados querem regras mais rígidas

Projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados altera as normas de crimes ambientais para impor punições mais rigorosas para traficantes de animais silvestres. A iniciativa, de autoria dos deputados federais Israel Batista (PV-DF) e Célio Studart (PV-CE), também prevê a destinação correta para animais exóticos. O tema passou a ter destaque recentemente depois do caso do estudante de veterinária que foi picado por uma cobra naja no DF. A partir disso, foram encontradas outras serpentes sem registro, além de tubarões.

Acenos para as igrejas

O GDF tem feito aceno para as entidades religiosas nos últimos dias. Além da sanção da lei que torna atividades essenciais, o Executivo local deu mais passos para facilitar a regularização de terrenos e prédios usados por igrejas e templos. As novas regras devem ser encaminhadas para a Câmara Legislativa em breve. O setor tem potencial alto de votos e os eleitores são disputados. Evangélicos conquistaram grande espaço na política local, recentemente.

Inquérito

O Ministério Público do DF e dos Territórios (MPDFT) instaurou inquérito civil público para investigar o contrato firmado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) com empresa para a gestão de 40 leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) nas unidades de pronto atendimento de Sobradinho e Ceilândia. O trabalho está sob o comando do promotor Marcelo da Silva Barenco, da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde.

Sedutor

O secretário de Educação do DF, Leandro Cruz, contou que não estava nos planos aceitar o comando da pasta em meio às complicações trazidas pela pandemia. Cruz estava atuando nos bastidores como assessor do governador Ibaneis Rocha (MDB) depois de ter deixado a Secretaria de Esportes para a entrada de Celina Leão (Progressistas). Ele diz ter sido convencido pelo emebedista a assumir o novo cargo e brincou ao dizer que o governador é um “homem muito sedutor”.

Regularização sem custos

A deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) esteve na Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para tratar de pautas relacionadas à regularização fundiária no DF. Um dos principais pleitos da parlamentar é que a legalização de lotes urbanos da capital seja feito sem custos para moradores de baixa renda. A solicitação foi feita também ao presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab), Wellington Luiz, e ao secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira. Outra questão debatida na reunião foi a aceleração de procedimentos de regularização nas áreas rurais para permitir a obtenção de escrituras definitivas.

Investigação

O promotor Clayton Germano, da Segunda Promotoria de Defesa da Saúde do MPDFT, apura a nomeação de Valdir Soares da Costa para a superintendência de Saúde do Sudoeste. Chegou ao conhecimento do Ministério Público que Costa foi prefeito da cidade de Uruçuí (PI) e teve as contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Piauí. A Corte aplicou multa e impôs como sanção que ele fosse inabilitado para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança na Administração Pública. O acórdão transitou em julgado em janeiro de 2018. A coluna não conseguiu contato com Costa.

Só papos

“Parabéns a todos que reivindicaram seu direito de trabalhar! O DF depende do valor que cada um de vocês gera com o seu trabalho. Infelizmente, a reabertura de bares e restaurantes acontece após 30 mil funcionários serem demitidos e 3 mil estabelecimentos serem fechados.”
Júlia Lucy (Novo), deputada distrital

“Tem ampliação de horário de funcionamento de shopping, abertura de restaurantes e bares, mas não tem teste para a população. Que tipo de combate à covid é esse?”
Leandro Grass (Rede), deputado distrital