O secretário de Educação do Distrito Federal, Rafael Parente, classificou como “um alívio” a troca do comando do Ministério da Educação. “Estamos sofrendo bastante, pois estados e municípios dependem dos recursos federais para uma complementação de orçamento e para a oferta de um serviço de melhor qualidade nas escolas”, pontuou, em entrevista ao CB.Poder, uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, nesta segunda-feira (08/04).
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou, pela manhã, a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez, cuja curta gestão foi permeada por polêmicas. No lugar dele, entrou Abraham Weintraub. “Espero que, de fato, consiga priorizar a gestão; que não dê muita bola para cortinas de fumaça e questões que não são tão importantes quanto a quantidade de crianças que não conseguem ser alfabetizadas ou o número de jovens que terminam o ensino médio sem saber o básico de matemática e vão para a faculdade sem saber ler e interpretar um texto”, assinalou Parente.
O titular da pasta de Educação do DF disse não conhecer o perfil de Weintraub, assim como diversos educadores. Entretanto, acrescentou que a expectativa é de “melhoras e continuidade das políticas públicas do MEC”. “Acho que existem discussões que podem existir, mas não devem ser a prioridade, porque não são fundamentais. Por exemplo, a questão do homeschooling. Existe o interesse por parte de famílias e setores e vamos discuti-lo. Mas vamos também compreender que existem coisas muito anteriores e muito mais importantes”, observou.
De acordo com Parente, o alinhamento da Secretaria com o Ministério da Educação tornou-se ainda mais importante após recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). Há duas semanas, os ministros da Corte entenderam que os valores do imposto de renda incidente sobre o salário de servidores da segurança pública pertencem à União e, não, ao DF — os salários são custeados pelo Fundo Constitucional, abastecido pelo governo federal. O acórdão acarretou em uma dívida de R$ 10 bilhões para a capital, além da perda de R$ 700 milhões em arrecadação por ano.
O secretário de Educação afirmou que, nesse contexto, a pasta apostará em parcerias com o governo federal. “Por isso, importa tanto a mudança de ministro, do presidente do FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação], e afins”, alegou. “Sabemos que há o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], garantido cerca de R$ 2 bilhões; o salário-educação, de R$ 230 milhões. São montantes consideráveis, mas isso não quer dizer que não possamos buscar novos recursos. Há, inclusive, a possibilidade de a União usar o dinheiro do pré-sal na educação e saúde dos estados”, complementou.
Eixo Capital - À queima-roupa publicado em 19 de janeiro de 2025, por Ana Maria…
Coluna Eixo Capital publicada em 19 de janeiro de 2025, por Ana Maria Campos Um…
Coluna Eixo Capital publicada em 18 de janeiro de 2024, por Ana Maria Campos A…
ANA MARIA CAMPOS Morreu nesta manhã (17), o desembargador aposentado Edson Alfredo Martins Smaniotto, do…
ANA MARIA CAMPOS O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, anunciou que não haverá…
POR ANA MARIA CAMPOS — Confira entrevista com Ibrahim Yusef, presidente do Sindicato dos servidores públicos…