Empresas que fizeram conluio em licitação do Metrô-DF são condenadas pelo Cade

Compartilhe

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou, nesta segunda-feira (08/07), três empresas por formação de cartel em licitação pública para manutenção do metrô do Distrito Federal. O colegiado condenou, ao todo, 11 empresas e 42 pessoas físicas por cartel em concorrências públicas realizadas em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além do DF. As multas somam R$ 535,1 milhões.

Segundo o Cade, houve conluio em pelo menos 26 licitações de trens e metrôs, entre 1999 e 2013. As empresas Alstom Brasil Energia, IESA Projetos Equipamentos e Montagens e TC/BR Tecnologia e Consultoria Brasileira foram condenadas por irregularidades na concorrência pública do projeto de manutenção do Metrô-DF, realizada em 2005.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica apontou que as empresas concorrentes realizaram contatos para firmar um acordo anticompetitivo. O acerto envolveu as empresas Alstom, IESA, TCBR e Siemens. De acordo com a apuração do Cade, o objetivo do cartel foi dividir o escopo do projeto por meio da subcontratação do consórcio perdedor pelo consórcio vencedor.

Pelo acerto ilegal, 52% dos repasses seriam do Consórcio Metrô Planalto (Alstom, IESA e TCBR) e os outros 48% do Consórcio Metroman (formado pela Siemens e Serveng). A investigação sobre o caso começou em 2013, depois de um acordo de leniência firmado entre a Siemens, o Cade, o Ministério Público Federal e o MP de São Paulo. A apuração do caso envolveu operação de busca e apreensão na sede de empresas suspeitas de participação no conluio.

Em nota, a Alstom informou que não vai comentar a decisão do Cade. “A empresa reforça que opera de acordo com um Código de Ética a fim de cumprir todas as leis e regulamentos dos países onde atua. A proibição de quaisquer práticas de concorrência desleal é expressamente estabelecida nas regras internas da Alstom. A empresa constantemente busca aprimorar seu programa de compliance e implementar as melhores regras e processos”, diz um trecho da nota da Alstom. O blog não conseguiu contato com as outras duas empresas condenadas pelo Cade por cartel no DF.

Helena Mader

Repórter do Correio desde 2004. Estudou jornalismo na UnB e na Université Stendhal Grenoble III, na França, e tem especialização em Novas Mídias pelo Uniceub.

Posts recentes

  • CB.Poder

Bruno Dantas rejeita pedido da oposição que poderia aumentar custos da COP30

Da coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos O ministro Bruno Dantas, ex-presidente do Tribunal…

3 dias atrás
  • CB.Poder
  • Eixo Capital
  • GDF
  • Notícias

Takane é o novo secretário das Cidades do DF

ANA MARIA CAMPOS O governador Ibaneis Rocha nomeou, nesta terça-feira (1º), o policial civil aposentado…

5 dias atrás
  • CB.Poder

Swedenberger Barbosa está de volta ao Planalto

Secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Nísia Trindade, Swedenberger Barbosa, o Berger, está…

6 dias atrás
  • CB.Poder

Manoel de Andrade é mais um possível candidato no páreo para o Buriti

O presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Manoel de Andrade, começa a…

1 semana atrás
  • CB.Poder

Confeiteira e candidata de Bolsonaro

Da coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos A empresária Maria Amélia Campos, dona da…

2 semanas atrás
  • CB.Poder

Bolsonaro em dia de festa pré-julgamento no STF

Às vésperas do julgamento mais importante de sua vida, em que a 1ª Turma do…

2 semanas atrás