Em meio à campanha salarial dos policiais civis, há muita conspiração.
Enquanto a maioria da categoria briga por condições de trabalho e pela recomposição salarial, nos bastidores, há uma tentativa de criar o caos político no governo de Rodrigo Rollemberg e, principalmente, derrubar o atual diretor-geral da Polícia Civil.
Adversários de Eric Seba (foto) aproveitam o momento conturbado na segurança pública para tentar ocupar a cadeira de diretor-geral.
A entrega dos cargos de chefia nas delegacias facilita muito esse movimento. Seba terá a administração inviabilizada pela falta de comandos em investigações importantes.
Mas nem todos pararam. Alguns delegados e agentes entregaram oficialmente o cargo, como determinaram as assembleias, em solidariedade à vontade dos colegas, mas continuam trabalhando em seus inquéritos.
Questão de tempo
O governo do DF estuda as medidas a serem tomadas para evitar o vácuo no poder da Polícia Civil.
A expectativa é de que os cargos comissionados sejam paulatinamente trocados.
Em tempos de salários congelados, não é fácil abrir mão de gratificações que variam entre R$1,5 mil para chefes de seção a R$ 4 mil para diretores de departamento.
Quem não quiser permanecer nas chefias será aos poucos substituído. É questão de tempo, avaliam integrantes do governo. O Executivo estuda até mesmo medidas judiciais para não deixar as delegacias acéfalas.
De bandeja
Há vários nomes sendo trabalhados para substituir o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba.
Entre os que estão no jogo: Maurílio Lima, João Carlos Lóssio, Rodrigo Larizatti, Flávio Messina e Moisés Martins.
Nenhum deles tem experiência em investigações complexas ou a confiança do governador Rodrigo Rollemberg porque simbolizam grupos políticos adversários ao governo, mas pode surgir um nome de composição que os represente.
À coluna Eixo Capital, Rollemberg disse: “Eric não vai sair”.
Mas a falta de uma proposta para a categoria transforma o embate com a Polícia Civil na pior crise que Rollemberg enfrentou até agora.
Vai acabar sem o controle da categoria. E o pior: pode entregá-lo de bandeja para os adversários políticos.