Não vai ser nada fácil a vida de quem quiser concorrer a um mandato de deputado federal e não contar com um arsenal de votos. É que nesta eleição, assim como na municipal, não estão mais permitidas coligações de partidos nas disputas proporcionais. Assim, os planos de muitos deputados ou pré-candidatos à Câmara podem ser alterados. Para se eleger, o político terá de reunir vários nomes num mesmo partido e conquistar sozinho mais de 120 mil votos. Para se ter uma ideia, na última campanha, apenas a deputada Flávia Arruda (PL-DF) ultrapassou esse patamar.
Dilema de Rollemberg
Na disputa à reeleição, Rodrigo Rollemberg (PSB) teve 210 mil votos no primeiro turno de 2018. Um desempenho que dificilmente ele alcançará na corrida à Câmara dos Deputados em 2022. Se tiver metade disso, corre o risco de não se eleger deputado federal. Por isso, há quem defenda que, para voltar à política, ele concorra a uma vaga de deputado distrital. Mas o perfil de Rollemberg é mais nacional.
Bancada de candidatos
A bancada de senadores do Distrito Federal tem três possíveis candidatos ao Palácio do Buriti nas próximas eleições. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) sempre sonhou com a candidatura ao GDF. E agora não perde nada concorrendo porque tem mandato assegurado até fevereiro de 2027. Mesma situação da senadora Leila Barros (PSB-DF), que estreou na política, tem conquistado visibilidade e pode representar uma coligação de partidos que não estão afinados nem com o PT, nem com o grupo bolsonarista. Outro potencial candidato é o senador José Antônio Reguffe (PDT), que aparece como um dos favoritos na disputa em todas as pesquisas que circulam no meio político.
Sem volta
O ex-deputado distrital Chico Leite não pretende voltar à política. Ele não quer mais concorrer a nenhum cargo público. Está satisfeito com o trabalho de procurador de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) na área que domina, a penal. Mas pode ser um bom conselheiro político.
Em silêncio
Um dos alvos da Operação Falso Negativo, relacionada a supostas fraudes na compra de testes de covid-19, o ex-secretário de Saúde Francisco Araújo Filho gravou uma live na semana passada de 30 minutos no Instagram apresentando os benefícios do silêncio. Enigmático.
Demanda das mulheres
O grupo de representantes do Comitê de Políticas Públicas do Grupo Mulheres do Brasil no DF entregou ao presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), uma carta com o objetivo de abrir um diálogo em busca da redução do impacto da pandemia sobre as mulheres na capital. A carta elenca 11 pontos que são considerados importantes para apreciação do Legislativo, como a viabilização de mecanismos que promovam a empregabilidade de mulheres vítimas de violência doméstica e ações que promovam igualdade de gênero e raça. Estavam presentes, Anamaria Prates, uma das líderes do colegiado representando o movimento em Brasília, Raissa Rossiter, líder do Comitê Políticas Públicas, Sandra Campos, líder do Comitê Igualdade Racial, Cléia Paiva, assessora da presidência, Raquel Fuzaro e Valéria Duarte Pessoa, participantes do Comitê Políticas Públicas.
Repúdio
A bancada de deputados e senadores do DF divulgou nota de repúdio à proposta em discussão no Congresso, assinada por diversos outros deputados federais, que propõe retirar a vaga cativa do Ministério Público do Distrito Federal Territórios (MPDFT) no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Enquanto isso…
Na sala de Justiça
Depois das denúncias de superfaturamento em sua construção, o estádio Mané Garrincha agora está no centro de uma auditoria do TCU por suspeitas de irregularidades na implantação do hospital de campanha. Que sina!
Mandou bem
De acordo com dados oficiais dos estados, cinco unidades da federação registraram nos últimos dias queda no número de casos de covid-19: Distrito Federal, Amazonas, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso.
Mandou mal
Segundo as secretarias estaduais de Saúde, houve aumento de casos de covid-19 na última semana em nove Estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Só papos
“Brasília tem o dobro do PIB per capita do que São Paulo. Não produz nenhum prego e São Paulo produz muito. Porque é um antro, um acumulado de inúmeros servidores públicos”
Deputado Gilson Marques (Novo-SC)“Nossa cidade não é ‘antro’. Lugar de perdição e vícios é a presidência sob comando de Bolsonaro, a quem Vossa Excelência serve defendendo uma Reforma Administrativa que ataca servidores e transforma o Estado em ‘antro’ de compadrio e clientelismo a serviço da iniciativa privada”
Deputada Érika Kokay (PT-DF)